Práticas de prevenção de jovens universitários em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis

Publication year: 2017
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro to obtain the academic title of Mestre. Leader: Spindola, Thelma

A presente pesquisa tem como objetivo geral discutir as práticas adotadas pelos jovens para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

E como objetivos específicos:

identificar as práticas sexuais adotadas pelos jovens universitários em seus relacionamentos; descrever as práticas adotadas pelos jovens para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis; e analisar as práticas sexuais dos jovens universitários e as práticas adotadas para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa desenvolvido em uma universidade particular no município do Rio de Janeiro com 768 jovens universitários na faixa etária de 18 a 29 anos. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado com 60 questões. Os dados foram analisados com o emprego de estatística descritiva, em frequências absolutas, relativas e análise bivariada; e inferencial com auxílio Software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Foram aplicados os testes qui-quadrado de Pearson e análise de variância (ANOVA) para a associação de variáveis. Os principais resultados evidenciam que a maioria dos jovens investigados já havia iniciado a vida sexual e não faziam uso do preservativo em todas as relações sexuais. Mais da metade dos universitários afirmou ter tido relação sexual com parceiro fixo sem o uso do preservativo, e entre os que tiveram relações com parceiros casuais a maioria utilizou preservativo. Poucos estudantes afirmaram negociar o uso do preservativo. Analisando a opinião dos universitários quanto ao risco de adquirir IST é evidenciado que eles acreditam ser pouco possível, ou impossível, entretanto em suas práticas sexuais a maioria apresenta risco para IST. Em relação às práticas de saúde a maioria das mulheres não usam preservativo feminino, já realizaram o exame para rastreio do câncer de colo de útero e realizaram exame ginecológico no último ano. Entre os homens, a maior parte nunca realizou a cirurgia de postectomia, ou teve relações sexuais com uma mulher usando o preservativo feminino. Os achados evidenciam que os jovens possuem conhecimento sobre alguns métodos de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, principalmente do preservativo masculino, contudo, a maioria dos investigados possui comportamento de risco e não adota práticas de prevenção em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conclui-se que as práticas sexuais não são apenas instintos biológicos, mas estão associadas ao contexto sociocultural que permeia a vida do indivíduo. Nesse cenário, é importante que o enfermeiro promova ações de educação em saúde, atentando para aspectos culturais e individuais do grupo, que possibilitem uma reflexão dos jovens acerca de suas práticas sexuais e de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis.
This research has as its general objective to discuss the practices adopted by the young people for preventing Sexually Transmitted Infections (STI).

And as specific objectives:

to identify the sexual practices adopted by the young university students in their relationships; to describe the practices adopted by the young people for preventing Sexually Transmitted Infections; and to analyze the sexual practices of the young university students and the practices adopted for preventing Sexually Transmitted Infections. This is a descriptive and cross-sectional study, with a quantitative approach, developed in a private university in the city of Rio de Janeiro with 768 young university students aged between 18 and 29 years. Concerning the data collection instrument, we used a questionnaire structured with 60 questions. Data were analyzed with the use of descriptive statistics, through absolute and relative frequencies, and bivariate analysis; and inferential, with the help of the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software. Pearson’s chi-square tests and variance analysis (ANOVA) were applied for associating the variables. The main results point out that most of the surveyed young people had already started sexual life and did not use condoms in all sexual intercourses. More than half of the university students said they had sexual intercourses with a steady partner without the use of condoms; and, among those who had intercourses with casual partners, most used condoms. Few students said they negotiate condom use. Upon analyzing the opinion of the university students regarding the risk for STI, one can note that they believe it is hardly possible or even impossible, but most of them are at risk for STI. With regard to the health practices, most women do not use the female condom, but they have already undergone the screening exam for cervical cancer and have undergone a gynecological exam in the last year. Among men, most never underwent the postectomy surgery, or never had sexual intercourses with a woman using the female condom. The findings highlight that young people have little knowledge about some methods for preventing Sexually Transmitted Infections, mainly about the male condom; however, most of the surveyed have risk behaviors and do not adopt prevention practices with respect to Sexually Transmitted Infections. We conclude that the sexual practices are not only biological instincts, but they are associated with the sociocultural context that permeates the life of the individual. In such a scenario, it is important for the nurse to promote health education actions, paying attention to the cultural and individual aspects of the group that enable a reflection on the part of the young people about their sexual practices, as well as prevention aspects with respect to Sexually Transmitted Infections.

More related