Trata-se de um estudo de corte transversal e caráter correlacional, no qual, objetivou-se investigar as associações à cerca de características sociodemográficas, estresse percebido, estresse precoce e mindfulness em uma população de funcionários da categoria técnico administrativo da Universidade de São Paulo campus Ribeirão Preto. A amostra foi composta por 929 indivíduos, locados em 14 diferentes unidades do campus. Para coleta de dados que ocorreu no período de junho a dezembro de 2017, foram utilizados o Questionário Sociodemográfico, Perceived Stress Scale (PSS-14), Childhood Trauma Questionnaire e Questionário das Cinco Facetas de Mindfulness (FFMQ-BR). Os dados foram submetidos à estatística descritiva e analítica. A idade média foi de 46,15 (DP=10,57) anos e o valor de correlação para a faceta 1(não julgar a experiência interna) foi (p=,033; p<0.05). Este resultado demonstra que existem possibilidades, de que quanto maior a idade, menor é o julgamento da experiência interna. A variável estresse percebido demonstrou valores de correlação positiva com as facetas 1(p=0,345; p< 0.001); faceta 2 (agir com consciênciapiloto automático) (p=0,518; p< 0.001) e faceta 7 (agir com consciência-distração) (p=0,444 p< 0.001). Assim quanto maior o "não julgamento da "experiência interna" (faceta 1); "agir com consciência-piloto automático" (faceta 2) e "agir com consciência-distração" (faceta 7), há uma tendência à maiores níveis de estresse percebido. Tratando-se de alguns subtipos de estresse precoce, foram observados que o "Abuso Emocional" (r=0,206; p< 0.001); "Abuso físico r=0,108; p< 0.001) e "Negligência Emocional (r=0,119; p< 0.001) atingiram valores estatisticamente significativos com a faceta 1. Desta maneira, a presença do estresse precoce, ao que tudo indica, parece estar associada em julgar com menor frequência a experiência interna. Os resultados sugerem que estas varáveis são de suma importância e associam-se com os desfechos a respeito do nível de mindfulness mensurado pelas facetas da FFMQ