Avaliação do conhecimento de alunos de uma escola pública de Pouso Alegre/Minas Gerais sobre gravidez e infecções sexualmente transmissíveis
Evaluation of students' knowledge of a public school in Pouso Alegre / Minas Gerais on pregnancy and sexually transmitted infections

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto to obtain the academic title of Mestre. Leader: Gomes-sponholz, Flávia Azevedo

A sexualidade se estabelece por um conjunto de possibilidades que necessitam de serem exploradas, haja vista que a adolescência que corresponde ao período de 10 a 19 anos, é marcada pela transição da infância para a fase adulta e por uma série de transformações, tanto anatômicas, fisiológicas, psicológicas como também sociais. Nesse contexto associa-se a este ciclo da vida a necessidade de compreender e refletir o conhecimento que os adolescentes possuem tanto sobre as infecções sexualmente transmissíveis quanto a gravidez na adolescência, já que, é nesse momento da vida que os mesmos têm um maior risco tanto quanto as infecções advindas do sexo inseguro como também a uma gravidez não planejada, sendo essencial nessa conjuntura que estes temas sejam interiorizados de forma cotidiana, atual e preventiva tanto na escola quanto na família. Parte-se do pressuposto das perspectivas de ação das práticas de educação em saúde, além dos conteúdos se são, explícita e implicitamente, veiculados acerca do tema sexualidade e seus desdobramentos, além do acometimento psicossocial de uma gravidez precoce. Nessa perspectiva, este trabalho objetiva avaliar o conhecimento dos adolescentes de uma escola pública sobre as práticas, percepções necessidades de diálogo sobre as IST e de uma gravidez durante o período da adolescência. A metodologia consistiu em um estudo transversal, de natureza quantitativa, sendo escolhida de forma intencional uma escola pública da cidade de Pouso Alegre-MG; o número de participantes desta pesquisa foi de 499, de ambos os sexos do 8º ano do ensino fundamental II ao ensino médio. Esse processo somente se deu a partir da aprovação do Comitê de Ética da EERP, e da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido; o instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário semiestruturado. Quanto aos resultados, o estudo mostrou que os adolescentes participantes pertenciam ao grupo de idade entre 12 - 17 anos (99,8%), sendo que adolescentes com 12 anos representam a menor parte (9,6%) e os de 17 a maior (37,7%). O sexo feminino representou 58,5% da amostra e o sexo masculino 41,5%. A iniciação sexual ocorreu em média aos 13,8 anos com os meninos e 14,4 anos em relação as meninas. Além disso, demonstrou-se que 90,18% dos participantes valorizam e concordam com a ocorrência de oficinas e projetos de sexualidade no interior do ambiente escolar. Dessa forma, é pertinente a necessidade de programas e políticas públicas voltadas a informar, conscientizar e estimular esses indivíduos a se prevenirem e entenderem as modificações dessa fase da vida. Além disso, é pertinente discutir entre os adolescentes as emoções e valores que impedem o uso das informações que os mesmos possuem em suas práticas sexuais. Nota-se também a necessidade de a escola assumir um trabalho cotidiano de abordagem da sexualidade como intrínseca a saúde, como prática sexual saudável e segura através do uso de métodos anticoncepcionais e preventivos contra a IST
Sexuality is established by a set of possibilities that need to be explored, since the adolescence that corresponds to the period from 10 to 19 years is marked by the transition from childhood to adulthood and by a series of transformations, both anatomical, physiological, psychological as well as social. In this context, it is associated with this cycle of life the need to understand and reflect the knowledge that adolescents have as much about sexually transmitted infections as teenage pregnancy, since it is at that moment of life that they have a greater risk both as well as the infections due to unsafe sex, as well as to an unplanned pregnancy, and it is essential at this juncture that these themes are internalized in a daily, current and preventive manner, both at school and in the family. It is based on the assumption of the perspectives of action of health education practices, in addition to the contents if they are explicitly and implicitly conveyed about the theme sexuality and its unfolding, in addition to the psychosocial involvement of an early pregnancy. In this perspective, this study aims to evaluate the knowledge of the adolescents of a public school about the practices, perceptions, needs for dialogue about STIs and a pregnancy during adolescence. The methodology consisted of a transversal study, of quantitative nature, being chosen intentionally a public school in the city of Pouso Alegre-MG; the number of participants in this research was 499, of both sexes from the 8th year of elementary school II to high school. This process only occurred after the approval of the Ethics Committee of the EERP, and the signing of the Term of Free and Informed Consent and the Term of Free and Informed Assent; the instrument used for data collection was a semi-structured questionnaire. Regarding the results, the study showed that the adolescents belonged to the age group between 12 - 17 years (99.8%), with 12 year olds representing the smallest part (9.6%) and those 17 years old (37.7%). The female sex represented 58.5% of the sample and the male sex 41.5%. Sexual initiation occurred on average at 13.8 years for boys and 14.4 years for girls. In addition, 90.18% of the participants have been shown to value and agree with the occurrence of sexuality workshops and projects within the school environment. In this way, the need for public policies and programs to inform, raise awareness and stimulate these individuals to prevent and understand the modifications of this phase of life is pertinent. In addition, it is pertinent to discuss among adolescents the emotions and values that prevent the use of the information they have in their sexual practices. It is also noted the need for the school to take on a daily work of approaching sexuality as intrinsic to health, as a safe and healthy sexual practice through the use of contraceptive and preventive methods against STI

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