Concepções e práticas de profissionais da saúde e assistência social acerca dos transtornos de comportamento em crianças e adolescentes
Conceptions and practices of health and social welfare professionals about behavior disorders in children and teenagers

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto to obtain the academic title of Mestre. Leader: Scherer, Zeyne Alves Pires

Nesta dissertação, procuramos compreender os sentidos e significados que os profissionais de serviços de saúde e de assistência social de um município do interior paulista têm acerca dos transtornos de comportamento em crianças e adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo em dois serviços de saúde e 2 conselhos tutelares de um município do interior paulista. Participaram do estudo 13 profissionais. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada realizada em local escolhido pelos participantes. Para a organização e tratamento dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, que nos permitiu construir três categorias temáticas: "Transtornos de comportamento: que comportamento é esse?" "Transtornos de comportamento: como se desenvolvem?" "Ações (des)articuladas entre os setores saúde e assistência no atendimento à crianças e adolescentes com transtorno de comportamento". Verificamos que o conhecimento acerca da aplicabilidade diagnóstica dos transtornos de comportamento não é clara para os profissionais de nosso estudo, o que acaba dificultando a identificação e o encaminhamento dessas crianças e adolescentes aos serviços de saúde mental e assistência social. Para os profissionais de nosso estudo, os principais fatores de risco atribuídos ao desenvolvimento dos transtornos de comportamento em crianças e adolescentes são aqueles que ocorrem nas relações entre as crianças e seus familiares, como a violência doméstica, a desestruturação familiar, a falta de afeto e as práticas educativas, fatores que podem inclusive potencializar ou não a predisposição genética da criança ou adolescente a desenvolver transtornos de comportamento. Já os fatores macrossociais, como as condições sociais e culturais, a ação do estado e as características da sociedade nas quais vivem as crianças e adolescentes são pormenorizados como colaboradores para o desenvolvimento de transtornos de comportamento pelos profissionais de nosso estudo. Por fim, constatamos que as ações de prevenção à violência juvenil e de atendimento à crianças e adolescentes com transtornos de comportamento dos profissionais de nosso estudo não atendem às diretrizes e normas estabelecidas pela OMS e pelas políticas nacionais de prevenção à violência no que diz respeito ao trabalho integrado e intersetorial, no desenvolvimento de ações preventivas, na consolidação do atendimento pré-hospitalar sistematizado, hierarquizado e subsidiado por práticas baseadas em evidências e na capacitação adequada dos recursos humanos
Nesta dissertação, procuramos compreender os sentidos e significados que os profissionais de serviços de saúde e de assistência social de um município do interior paulista têm acerca dos transtornos de comportamento em crianças e adolescentes. Para tanto, foi realizado um estudo qualitativo em dois serviços de saúde e 2 conselhos tutelares de um município do interior paulista. Participaram do estudo 13 profissionais. A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada realizada em local escolhido pelos participantes. Para a organização e tratamento dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin, que nos permitiu construir três categorias temáticas: "Transtornos de comportamento: que comportamento é esse?" "Transtornos de comportamento: como se desenvolvem?" "Ações (des)articuladas entre os setores saúde e assistência no atendimento à crianças e adolescentes com transtorno de comportamento". Verificamos que o conhecimento acerca da aplicabilidade diagnóstica dos transtornos de comportamento não é clara para os profissionais de nosso estudo, o que acaba dificultando a identificação e o encaminhamento dessas crianças e adolescentes aos serviços de saúde mental e assistência social. Para os profissionais de nosso estudo, os principais fatores de risco atribuídos ao desenvolvimento dos transtornos de comportamento em crianças e adolescentes são aqueles que ocorrem nas relações entre as crianças e seus familiares, como a violência doméstica, a desestruturação familiar, a falta de afeto e as práticas educativas, fatores que podem inclusive potencializar ou não a predisposição genética da criança ou adolescente a desenvolver transtornos de comportamento. Já os fatores macrossociais, como as condições sociais e culturais, a ação do estado e as características da sociedade nas quais vivem as crianças e adolescentes são pormenorizados como colaboradores para o desenvolvimento de transtornos de comportamento pelos profissionais de nosso estudo. Por fim, constatamos que as ações de prevenção à violência juvenil e de atendimento à crianças e adolescentes com transtornos de comportamento dos profissionais de nosso estudo não atendem às diretrizes e normas estabelecidas pela OMS e pelas políticas nacionais de prevenção à violência no que diz respeito ao trabalho integrado e intersetorial, no desenvolvimento de ações preventivas, na consolidação do atendimento pré-hospitalar sistematizado, hierarquizado e subsidiado por práticas baseadas em evidências e na capacitação adequada dos recursos humanos

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