Publication year: 2023
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Antônio Prudente to obtain the academic title of Doutor. Leader: Duprat Neto, João Pedreira
INTRODUÇÃO:
A Fadiga Relaciona ao Câncer (FRC) é uma “sensação persistente e subjetiva de cansaço e esgotamento físico, emocional, e/ou cognitivo, relacionado com o câncer ou o tratamento do mesmo, que não é proporcional à atividade recente e que interfere na capacidade funcional”. A FRC, que atinge até 80% dos pacientes, é relatada principalmente por pacientes em tratamento quimioterápico. OBJETIVO:
Comparar a fadiga relacionada ao câncer de pessoas com tumores sólidos em tratamento com imunoterapia ou quimioterapia. METODOLOGIA:
Foi um estudo observacional transversal analítico, em pacientes adultos, de ambos os sexos, com câncer sólido, que no momento da coleta estavam exclusivamente em tratamento com quimioterápicos ou imunoterápicos. Os voluntários foram separados em dois grupos:
grupo Imunoterapia e grupo Quimioterapia. Os instrumentos de avaliação foram:
questionário de Avaliação Funcional da Terapia de Doenças Crônicas – Fadiga (FACIT-F), que avalia a percepção de fadiga da pessoa em tratamento do câncer. A dinamometria com o dinamômetro Jamar® para avaliar força de preensão manual e teste de velocidade da marcha de 4 metros (VM4M) para avaliar a velocidade da marcha. RESULTADOS:
Em relação a velocidade da marcha, o grupo imuno apresentou velocidade média de 1,43 m/s e o grupo quimio apresentou velocidade média de 1,41m/s. Esses resultados apresentam que os pacientes avaliados não apresentaram lentidão de marcha e não tem diferença estatística entre os grupos (p=0.43). Em relação à força de preensão manual, observamos que não tem diferença estatística entre os grupos estudados (p=0,13 mão direita e p=0,10 mão esquerda), porém observamos que o grupo Imunoterapia contém valores maiores de média e mediana para a força de preensão palmar em ambas as mãos, permitindo afirmar que nos pacientes estudados em tratamentos com imunoterápicos apresentaram maior força de preensão manual. Em relação ao inventário de fadiga observa-se que, na amostra estudada, a média do escore final comprova que o grupo Imunoterapia tem menor ocorrência de fadiga (p=0.01). CONCLUSÃO:
Não houve diferença estatística entre os grupos na velocidade da marcha e na força de preensão manual. No inventário de fadiga o grupo imunoterapia apresentou menor ocorrência de fadiga com diferença significativa.
INTRODUTION:
Cancer Relational Fatigue (CRF) is a “persistent and subjective feeling of tiredness and physical, emotional, and/or cognitive exhaustion, related to cancer or its treatment, which is not proportional to recent activity and which interferes in functional capacity”. CRF that meets up to 80% of patients is mainly reported by chemotherapy treatment. Patients being treated with immunotherapics report less fatigue. OBJECTIVE:
Compare cancer-related fatigue in people with solid tumors undergoing exclusive immmunotherapy or chemotherapy treatments. This was an observational, cross-sectional and analytical study conducted with adult patients of both genders. The volunteers were distributed in two groups, namely, Immunotherapy and Chemotherapy. The assessment instruments were as follows:
Functional Assessment Questionnaire of Chronic Illness Therapy – Fatigue (FACIT-F), dynamometry with a Jamar® dynamometer to assess hand grip strength and the 4-meter gait speed (4MGS) test. RESULTS:
In relation to gait speed, the Immunotherapy group presented a mean speed of 1.43 m/s while the mean speed in the Chemotherapy group was 1.41 m/s. These results indicate that the patients evaluated did not present low gait speed and do not statistically differ between the groups (p=0.43). In relation to hand grip strength, we did not observe any significant difference between the groups under study (p=0.13 right hand and p=0.10 left hand). However, we noticed that the Immunotherapy group has higher mean and median values for hand grip strength in both hands, allowing us to assert that the patients studied in immunotherapy treatments presented greater hand grip strength. In relation to the fatigue inventory, in the sample studied it is observed that the final score mean proves that the Immunotherapy group presents lower occurrence of fatigue (p=0.01). CONCLUSION:
There was no statistical difference between the groups in gait speed and handgrip strength. In the fatigue inventory, the immunotherapy group had a lower occurrence of fatigue with a significant difference.