Publication year: 2023
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública to obtain the academic title of Doutor. Leader: Ribeiro, Helena
Introdução:
Associada com uma considerável quantidade de doenças crônicas, agudas e mais recentemente, a Covid 19, a deficiência de vitamina D tem se tornado cada vez mais prevalente até em regiões de baixa latitude. Objetivo geral:
Identificar e caracterizar a associação entre clima, estilo de vida e áreas verdes com os status de vitamina D em mulheres. Objetivos específicos:
Avaliar a associação entre concentrações séricas de 25(OH)D e fatores relacionados ao estilo de vida em uma amostra de mulheres brasileiras que vivem na latitude 21º 80' S. Analisar a associação entre verde residencial em áreas urbanas e concentrações séricas de 25(OH)D em moradoras de uma cidade brasileira interiorana de médio porte e de clima tropical. Analisar a associação entre verde residencial, estilo de vida e concentrações séricas de 25(OH)D em moradoras de cidades de clima temperado ao sul da Inglaterra. Método:
Foram realizados dois estudos epidemiológicos que analisaram a influência da dieta e exposição à luz solar no status de vitamina D. Idade, variáveis antropométricas, cor da pele e estado pós-menopausa foram medidos como potenciais fatores de confusão. O estudo transversal foi realizado com 101 mulheres com 35 anos ou mais que avaliou a associação entre a concentração sérica de 25(OH)D e a exposição à radiação ultravioleta, estilo de vida e depressão. O estudo longitudinal de 1 ano avaliou o status de vitamina D em 365 mulheres caucasianas e asiáticas, na pré-menopausa e pós-menopausa, residentes na região sul do Reino Unido. Como indicador da variável áreas verdes, foi calculado o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada. Foram usados modelos de regressão múltipla e logística para analisar a associação entre as variáveis, além de testes não paramétricos. Os estudos resultaram em três artigos que estão na presente tese. Resultados:
No primeiro artigo, no estudo transversal, mulheres mais velhas tiveram uma concentração significativamente maior de 25(OH)D do que as mulheres mais jovens (p = 0,013), bem como maior exposição à RUV (p = 0,01) e menor IMC (p = 0,005). Esses achados são independentes de outros fatores de confusão medidos. No segundo artigo, observou-se uma associacao positiva estatisticamente significativa entre a exposicao ao indice de vegetacao circundante residencial abaixo da mediana e a prevalencia de niveis insuficientes de 25(HO)D (P=0,03).No terceiro artigo, no estudo de coorte, as participantes que viviam em áreas mais verdes eram mais propensas a ter status de vitamina D melhorado (RR: 1,51, IC 95%: 1,13- 2,02), assim como, as que eram mais expostas à radiação ultravioleta (RR: 2,05, IC 95%: 1,44 - 2,92). Contudo, no modelo totalmente ajustado, as variáveis etnia e hormônio paratireóideo permaneceram significantes, p < 0,001 e p = 0,003. Conclusão:
Foram encontradas associações entre vitamina D, estilo de vida, saúde mental e áreas verdes importantes para um panejamento urbano e social de incentivo a atividades ao ar livre. Contudo, uma análise de mediação que elucide como as áreas verdes contribuem para maiores níveis de vitamina D através do tempo de exposição à luz solar é necessário.
Introduction:
Associated with a considerable amount of chronic and acute diseases and more recently, Covid 19, vitamin D deficiency has become increasingly prevalent even in low latitude regions. General objective:
To identify and characterize the association between climate, lifestyle and green areas with vitamin D status in women. Specific objectives:
To evaluate the association between serum concentrations of 25(OH)D and factors related to lifestyle in a sample of Brazilian women living at latitude 21º 80' S. To analyze the association between residential green in urban areas and serum concentrations of 25(OH)D in residents of a medium-sized country town in Brazil with a tropical climate. To analyze the association between residential greenery, lifestyle and serum concentrations of 25(OH)D in residents of temperate cities in the south of England. Method:
Two epidemiological studies were performed that analyzed the influence of diet and sunlight exposure on vitamin D status. Age, anthropometric variables, skin color and postmenopausal status were measured as potential confounders. A cross-sectional study was carried out with 101 women aged 35 years or older that evaluated the association between serum 25(OH)D concentration and exposure to ultraviolet radiation, lifestyle and depression. The 1-year longitudinal study assessed the vitamin D status of 365 premenopausal and postmenopausal Caucasian and Asian women residing in the southern part of the UK. As an indicator of the green areas variable, the Vegetation Index by Normalized Difference was calculated. Multiple and logistic regression models were used to analyze the association between variables, in addition to non-parametric tests. The studies resulted in three articles that are in this thesis. Results:
In the first article, in the cross-sectional study, older women had a significantly higher concentration of 25(OH)D than younger women (p = 0.013), as well as greater exposure to UVR (p = 0.01) and lower BMI (p = 0.005). These findings are independent of other measured confounders. In the second article, a statistically significant positive association was observed between exposure to the surrounding residential vegetation index below the median and the prevalence of insufficient levels of 25(HO)D (P=0.03). cohort, participants who lived in greener areas were more likely to have improved vitamin D status (RR: 1.51, 95% CI: 1.13-2.02), as were those who were more exposed to ultraviolet radiation (RR: 2.05, 95% CI: 1.44 - 2.92). However, in the fully adjusted model, the variables ethnicity and parathyroid hormone remained significant, p < 0.001 and p = 0.003. Conclusion:
Association was found between vitamin D, lifestyle, mental health and important green areas for urban and social planning to encourage outdoor activities. However, a mediation analysis that elucidates how green areas contribute to higher levels of vitamin D through exposure time to sunlight is needed.