Corpos, Gêneros, Sexualidades: Políticas de Subjetivação - Textos reunidos
Bodies, Genders, Sexualities: Subjectivation Policies Collected texts

Publication year: 2014

Foram reunidos quatro textos,apresentados em diferentes eventos acadêmicos e, em diferentes temporalidades. O primeiro deles - “Subversões de Sexo(s) e Gênero(s): Contraposições ao Biocapitalismo Contemporâneo ou por uma política das multidões queer” foi apresentado numa mesa V Colóquio Espiral Terra, Mundo Brasil” na Fundação Casa de Rui Barbosa em 01 de Setembro de 2011. A tinha como tema “Armas para lutar: crise do capitalismo global e produção de subjetividade. Nele, os corpos, gêneros e sexualidades são pensados enquanto “armas” nas “lutas” na biopolítica contemporânea. Partindo da ideia dos corpos enquanto construtos culturais e dos gêneros enquanto performativos, trago a possibilidade das multiplicidades de corpos e gêneros constituírem potente O segundo texto “Produções e Experiências Transsaber, poder e subversões” fez parte de uma mesa de debate no Seminário “Transfobia, Cidadania e Identidade Trans” promovido pelo Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades – Universidade Federal de Santa CatarinaUFSC realizado nos dias 10 e 11 de outubro de 2011. O texto põe em suspensão o termo identidade e trabalha com as múltiplas possibilidades dos processos identitários e das identidades de gênero. Tomando, mais uma vez, os gêneros enquanto performativos abre um diálogo com o pensamento de Judith Butler trazendo as transexualidades como construções históricas que tanto reiteram a matriz heteronormativa quanto apresentam possibilidades de subvertê-la. Em seguida o texto “Manifesto por uma euforia de gênero” como o próprio nome sugere foge ao formato mais acadêmico e se propõe a ser um texto-manifesto. Foi especialmente preparado para o Queering Paradigms 4 realizado no Rio de Janeiro, em Julho de 2012. Nele, desenvolvo uma crítica a noção de disforia de gênero como termo psiquiátrico para enquadrar as múltiplas formas de vivenciar a experiência da transexualidade. Em oposição ao termo proponho a “euforia de gênero” como expressão mais condizente com a multiplicidade de corpos, gêneros e sexualidades. Por fim, finalizo com o texto “A Construção do Dispositivo Trans: Saberes,Singularidades e Subversões da Norma” apresentado no 37º encontro nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais – ANPOCS em Águas de Lindóia, SP, em setembro de 2013. O texto recupera a transexualidade enquanto um dispositivo histórico, múltiplo e facetado. Além disso, analisa como as diferentes experiências singulares da transexualidade podem constituir subversões ao imperativo normativo que as encerram numa patologia. Espero que as leituras constituam potentes dispositivos de desnaturalizaçãodos corpos, gêneros e sexualidades, entendendo-os como produções historicamenrte construídas e em constantes transformações no mesmo tempo e nos mesmos espaços.

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