A hepatite B na região de São José do Rio Preto: estudo de genótipos e subgenótipos circulantes
Hepatitis B in the São José do Rio Preto region: study of circulating genotypes and subgenotypes
Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Coordenadoria de Controle de Doenças. Programa de Pós-graduação em Ciências to obtain the academic title of Mestre. Leader: Regina Célia Moreira
As
Hepatites virais representam um grave problema de sa úde pública no
mundo, pelo número de indivíduos atingidos , pela s formas graves e
mortalidade. Aproximadamente um terç o da população mundial atual já se
expôs ao vírus da hepatite B, e estima se que 248 milhões de pessoas
estejam infectadas cronicamente. No Brasil, a região Sudeste apresenta o
maior número de casos no tificados para essa enfermidade, com maiores
taxas de n otificação no Estado de São Paulo. São José do Rio Preto,
localizada no noroeste Paulista, está entre as três regiões com maiores
taxas migratórias do estado com intensa circulação e flutuação da população,
e possui muitos pacientes em tratamento da Hepati te B, de diversas
localidades Considerando que nesta Região nenhum estudo sobre os
aspectos epidemiológicos e moleculares dessa infecção viral foi realizado
este estudo teve o objetivo de investigar os genótipos e subgenótipos do
vírus da hepatite B circ ul antes , a l ém de avaliar a presença de mutações de
resist ência aos análogos de núcleos(t)ídeos, e as características
epidemiológicas dos pacientes. Foram incluídas no estudo 127 amostras de
soro ou plasma de portadores do HBV , de diferentes Unidades de Saú de da
Região Administrativa de São José do Rio Preto, coletadas no período de
setembro de 2015 a janeiro de 2018. O DNA do HBV foi extra ído das
amostras, amplificado por nested PCR (regiões S/ Pol), e o s fragmentos
obtidos na amplificação foram sequenciados em sequenciador automático. A
identificação dos genótipos/subgenótipos e a pesquisa de mutações foram
realizadas com sucesso em 126 amostras, após análise das sequ ências
obtidas. Os genótipos encontrados foram A (51,6%; 65/126), B (0,8%; 1/126),
C (0,8%; 1/126), D (37,3%; 47/126), E (0 ,8%; 1/126), e F (8,7%; 11/126);
com relação aos subgenótipos, uma grande diversidade foi observada: A1
(40,5%), A2 (11,1%), B1 (0,8%), C1 (0,8%), D1 (1,6%), D2 (5,6%), D3
(28,6%), D4 (1,6%), F2a (7,1%) e F4 ( Os genóti pos A e D foram
predominantes, sendo os subgenótipos A1 e D3 os mais prevalentes. Entre
os pacientes que fazem tratamento, cepas do HBV com mutações de
resistência (rt M204V /I/S) associadas ou não a mutações compensatórias
(rt L180M , rt V173L ) foram identific adas em 13,9% (5/36) das amostras
analisadas; mutações de resistência parcial ao Entecavir (rt M204V /I/S) ou
potencialmente associadas com resistência ao Adefovir (rt V214A , rt L217R ,
rt Q215S , rt N238T e rt P237H ) em 13,9% (5/36) e 19,4% (7/36) dos pacientes,
r espectivamente. Já no grupo de pacientes não submetidos a tratamento,
1,1% (1/90) das amostras apresentou mutação de resistência (rtM204V) e
resistência parcial ao Entecavir, além de mutação (rtA181T) que confere
resistência parcial in vitro , mas que não i mplica em resistência in vivo ao
Tenofovir; u ma amostra (1,1%) apresentou mutação compensatória