Produção de resistências ao biopoder: entrelaçando vida e arte como modo de sobrevivência
Production of resistances to biopower: interweaving life and art as a path to survival

Publication year: 2024
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader: Feuerwerker, Laura Camargo Macruz

Entrelaçando dança, literatura e artes visuais, este estudo apresenta experiências em diversos encontros artísticos abrangendo pessoas, grupos e coletivos em meio a pandemia de COVID-19. Narrando desde o início da pandemia, quando as atividades migraram para o ambiente virtual, até o gradual retorno dos encontros presenciais com a reabertura de espaços de cultura. Nesse percurso, trazendo a captura de vivências que aconteciam durante a catarse da dança, as quais permitiram discorrer sobre as possibilidades que esta arte pode desvelar. Em um contexto onde o domínio sobre todas as instâncias da vida foi intensificado por dispositivos disciplinares e de controle, e o poder soberano de fazer e deixar morrer foi reforçado, a dança surge como mais um dispositivo biopolítico, como também proporciona a criação de outros modos de sobreviver. Entre as danças que aconteceram na sala de aula, no quintal e na rua, eram deixados profundos ensinamentos não apenas sobre resistência ao biopoder, mas também sobre (re)aprender a estar junto, de produzir vida e de enganar a sombra da morte, como uma visão de esperança em tempos desafiadores.
Interweaving dance, literature, and visual arts, this study presents experiences from various artistic encounters involving individuals, groups, and collectives amidst the COVID-19 pandemic. It narrates from the early days of the pandemic when activities shifted to the virtual realm, up to the gradual return of in-person engagements with the reopening of cultural spaces. Along this journey, it captures the catharsis surrounding dance that enable a discussion of the possibilities this art form can unlock. In a context where control over all aspects of life was heightened by disciplinary and control devices, and the sovereign power to make life and let it cease was reinforced, dance emerges as another biopolitical device, offering avenues for survival. Among the dances that took place in classrooms, yards, and streets, lessons were left behind, not only about how to resist the biopower but also about the potential to (re)learn how to be together, the production of life, and to outwit the specter of death, providing a glimpse of hope in challenging times.

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