PCR em tempo real no diagnóstico da toxoplasmose congênita
Real-time PCR in the diagnosis of congenital toxoplasmosis
Publication year: 2022
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher to obtain the academic title of Doutor. Leader: Guida, Letícia da Cunha
O diagnóstico da toxoplasmose congênita apresenta limitações sendo, portanto, necessárias novas opções de exames. A análise do líquido aminiótico pela PCR em tempo real já se mostrou eficaz para confirmação da infecção fetal. No entanto, o seu desempenho em outras amostras biológicas ainda não está claro. O objetivo deste estudo é avaliar a PCR em tempo real no sangue da mãe e do recém-nascido assim como no líquido amniótico e placenta, no diagnóstico da toxoplasmose congênita. Esse é um estudo descritivo de gestantes com toxoplasmose acompanhadas no Rio de Janeiro, Brasil. Foi realizada PCR em tempo real em amostras de sangue materno, líquido amniótico, placenta e sangue dos recém-nascidos e o exame histopatológico das placentas. Também foram coletados dados clínicos e laboratoriais dos recém-nascidos. Foram acompanhadas 116 gestantes e analisadas 298 amostras. Uma (0,9%) gestante apresentou PCR positiva no sangue, três (3,5%) no líquido amniótico, uma (2,3%) na placenta e nenhum recém-nascido apresentou PCR positiva no sangue. O estudo histopatológico foi sugestivo de infecção por toxoplasmose em 24 (49%) placentas. Seis (5,2%) recém-nascidos foram diagnosticados com toxoplasmose congênita e apenas os casos com PCR positiva no líquido amniótico tinham associação do resultado da PCR com o diagnóstico de infecção congênita. Tanto as amostras de sangue materno quanto as de sangue dos recém-nascidos e placenta, não demonstraram ser promissoras no diagnóstico da toxoplasmose congênita. Novos estudos são necessários para avaliar o real papel do diagnóstico molecular em outros materiais biológicos que não o líquido amniótico.
The diagnosis of congenital toxoplasmosis has limitations so new options are needed. Real-time PCR analysis of amniotic fluid has proven effective for confirming fetal infection. However, its performance in other biological samples still needs to be determined. This study aims to evaluate the real-time PCR role in the blood of the mother and newborn as well as in the amniotic fluid and placenta, in congenital toxoplasmosis diagnosis. It is a descriptive study of pregnant women with toxoplasmosis followed in Rio de Janeiro, Brazil. Real-time PCR was performed on maternal blood, amniotic fluid, placenta, and newborn blood samples. In addition, a histopathological examination of the placentas was performed and data from the babies were collected. One hundred and sixteen pregnant women were followed and 298 samples were analyzed. One (0.9%) pregnant woman had positive PCR in the blood, three (3.5%) in the amniotic fluid, one (2.3%) in the placenta, and any newborn had positive PCR in the blood. The histopathological study suggested toxoplasmosis infection in 24 (49%) placentas. Six (5.2%) newborns were diagnosed with congenital toxoplasmosis and only the cases with positive PCR in amniotic fluid associated with the diagnosis of congenital infection. Neither maternal nor newborn blood and placenta samples have not shown promise in diagnosing congenital toxoplasmosis. Further studies are needed to evaluate the fundamental role of molecular diagnostics in others biological materials than amniotic fluid.