Efeitos dos líquidos ativados com plasma atmosférico sobre Candida albicans
Application of plasma activated liquids on Candida albicans

Publication year: 2024
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista. Instituto de Ciência e Tecnologia, São José dos Campos to obtain the academic title of Doutor. Leader: Ito, Cristiane Yumi Koga

O incremento no número de casos refratários aos tratamentos convencionais e a limitação de opções terapêuticas são alguns dos desafios encontrados no tratamento da candidose bucal, apontando para a necessidade de terapias alternativas. A utilização da tecnologia de plasma de forma indireta, pela exposição prévia de líquidos ex situ, tem mostrado resultados promissores, trazendo inúmeras vantagens para a aplicação clínica. Até o momento, pouco se conhece sobre a atividade antifúngica do líquido ativado com plasma (LAP) e não foram detectados relatos sobre sua aplicabilidade no tratamento da candidose bucal. Com base neste cenário, o objetivo deste projeto foi avaliar a atividade do líquido ativado com plasma sobre Candida albicans, principal agente etiológico da candidose bucal. Para tanto, foram determinadas as condições de obtenção do LAP com maior efeito antifúngico frente a C. albicans. O LAP foi gerado em um reator de plasma tipo arco deslizante (gliding arc). Os gases empregados incluíram argônio, ar comprimido seco e suas misturas em diversas concentrações, ajustando-se o fluxo de gás e a potência conforme necessário. Avaliou-se a eficácia antifúngica de diferentes líquidos ativados contra C. albicans, tanto em estado planctônico quanto em biofilmes, visando identificar o mais efetivo. As espécies reativas dos LAP foram caracterizadas utilizando técnicas espectrofotométricas, juntamente com a avaliação dos parâmetros físico-químicos. Os resultados dos ensaios foram submetidos a análise estatística, estabelecendo-se um nível de significância de 5% para a interpretação dos dados. Observou-se que a solução salina 0,9% ativada com plasma de argônio (S1), água destilada ativada com plasma de argônio (D1) e água destilada ativado com a mistura dos gases argônio e ar comprimido (S2) apresentaram a maior atividade antifúngica sobre células planctônicas de C. albicans quando expostas por 30 minutos ao LAP. O grupo D1 apresentou maior ação frente aos biofilmes de 24 e 48 horas e o S1 frente a biofilmes de 48 horas apenas quando exposto por 30 minutos ao LAP. Ambos os LAPs apresentaram ação antifúngica após terem sido congelados e armazenados por 1 dia após a ativação. Os grupos D1 e S1 não apresentaram perfil citotóxico nos ensaios realizados. Pode-se concluir que os LAPs apresentaram ação inibitória sobre células planctônicas e sobre biofilmes de C. albicans, sem citotoxicidade para células de mamíferos, sugerindo seu potencial como adjuvante às terapias para o controle da candidose.(AU)
The increase in the number of cases refractory to conventional treatments and the limitation of therapeutic options is due to some two challenges encountered in the treatment of oral candidiasis, pointing to the need for alternative therapies. The use of plasma technology indirectly, for the exposition of liquids ex situ, has shown promising results, providing numerous advantages for clinical application. Currently, little is known about the antifungal activity of plasma-activated liquid (LAP) and there are no reports on its applicability in oral candidiasis treatment. Based on this scenario, the objective of this project is to validate the application of plasma-activated liquid as an adjuvant in the treatment of oral candidiasis. Therefore, certain conditions for obtaining LAP have greater antifungal effect against Candida albicans. The LAP was generated in a gliding arc type plasma reactor. The gases used include argon, dry compressed and their mixtures in various concentrations, adjusting the gas flow and power as necessary. The antifungal efficacy of different liquids activated against C. albicans is evaluated, both in the planktonic state and in biofilms, aiming to identify the most effective. The relative species of LAP were characterized using spectrophotometric techniques, together with the evaluation of two physical-chemical parameters. The results of two tests were submitted to statistical analysis, establishing a significance level of 5% for the interpretation of the data. It was observed that the groups that presented the greatest antifungal activity in planktonic cells of C. albicans were the groups of 0.9% saline solution activated with argonium plasma (S1), or of distilled water activated with argonium plasma (D1). e or distilled water activated with a mixture of two argon gases and compressed air (S2). The D1 group presented against biofilms of 24 and 48 hours and the S1 against biofilms of only 48 hours. Both LAPs are presented with antifungal coating and have been frozen and stored for 1 day after activation. The groups D1 and S1 do not present a cytotoxic profile in the tests carried out. It can be concluded that the LAPs have antifungal activity on planktonic cells and on biofilms and do not present a toxicity profile for human cells, being potent adjuvants in therapies for or controlling infections caused by C. albicans (AU)

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