As redes vivas no cuidado aos adolescentes com paralisia cerebral
The live networks in the care of adolescents with cerebral palsy

Publication year: 2021
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher to obtain the academic title of Mestre. Leader: Moreira, Martha Cristina Nunes

Introdução:

Para o cuidado de adolescentes com Paralisia Cerebral, as famílias experimentam um adoecimento permeado por situações de complexidade e cronicidade permanentes. Nesse contexto faz-se urgente o acionamento de redes de relações que possibilitem ampliar os recursos para a construção de vínculos com os profissionais de saúde, bem como redes de apoio dentro das famílias, amigos e comunidade. Tais redes podem vir a colaborar para a produção de um cuidado longitudinal, e para a ampliação de recursos para o desenvolvimento de seus filhos.

Objetivos:

Compreender como se constroem as redes vivas nas relações de cuidado do adolescente com paralisia cerebral.

Objetivos específicos:

Sistematizar o conhecimento sobre os adolescentes com paralisia cerebral nas relações de cuidado em saúde; Compreender como se dão as conexões de interesse no cuidado do adolescente com paralisia cerebral; Analisar as relações entre os grupos que compõem a atenção à saúde do adolescente com paralisia cerebral.

Marco Teórico Conceitual:

A noção de Redes de Atenção em Saúde (RAS) no sentido micropolítico das relações entre trabalhadores de saúde e usuários. Nessa direção as entenderemos como Redes Vivas, onde toda a potência de produzir tramas com bordados transformadores pode repercutir no cuidado aos adolescentes com Paralisia Cerebral. E os marcos de cronicidade e de complexidade, na compreensão de adolescentes com paralisia cerebral. Os adolescentes com PC estão incluídos na categoria de CCC, mas são singulares por trazerem consigo condições particulares no adoecimento crônico, e as marcas da deficiência.

Método:

A presente dissertação é escrita na busca do universo relacional que envolve e sustenta os adolescentes com diagnóstico de PC cujos atores que o constroem produzem referências, significados e ações. Utilizamos o desenho qualitativo, que privilegia as interações em redes de relações, cuja fonte de inspiração é ter o adolescente com PC como usuário guia.

Resultados e Discussão:

apresento os três adolescentes indicados pelos profissionais de saúde que se constituem como os adolescentes-guias desta dissertação. Seguimos seu nomadismo pelos seus relatos de vida, de seus pais e das pessoas indicadas como Redes. Com o Mapa Síntese das Redes Vivas dos Adolescentes Guias podemos tecer discussões sobre suas formas de viver com as repercussões da PC, e as marcas da deficiência. E encontramos o território do Cuidado Complexo, provocador de uma reflexão sobre como é cuidar de um Adolescente com PC na complexidade das vidas produtoras de redes adversas e distantes de seus territórios geográficos.

Conclusão:

O Adolescente como Usuário do Sistema de Saúde vai acessá-lo onde é acolhido, e encontrar resolução para as suas necessidades, não há como acontecer de forma hierárquica porque a complexidade vai estar presente na vida do usuário independentemente de onde transite pela rede.

Introduction:

For the care of adolescents with Cerebral Palsy, families experience an illness permeated by situations of permanent complexity and chronicity. In this context, it is urgent to activate networks of relationships that make it possible to expand the resources to build bonds with health professionals, as well as support networks within families, friends and the community. Such networks may come to collaborate in the production of longitudinal care, and in the expansion of resources for the development of their children.

Objectives:

To understand how live networks are built in the care relationships of adolescents with cerebral palsy.

Specific objectives:

Systematize knowledge about adolescents with cerebral palsy in health care relationships; Understand how the connections of interest in the care of adolescents with cerebral palsy occur; To analyze the relationships between the groups that make up health care for adolescents with cerebral palsy.

Conceptual Theoretical Framework:

The notion of Health Care Networks (RAS) in the micropolitical sense of the relationships between health workers and users. In this direction, we will understand them Live Networks where all the power to produce wefts with transforming embroidery can have repercussions on the care of teenagers with Cerebral Palsy. The milestones of chronicity and complexity, in the understanding of adolescents with cerebral palsy. Adolescents with CP are included in the CCC category, but they are unique for bringing with them particular conditions in chronic illness, and the marks of disability.

Method:

This dissertation is written in the search for the relational universe that involves and supports adolescents diagnosed with PC, whose actors who build it produce references, meanings and actions. We use a qualitative design, which privileges interactions in networks of relationships, whose source of inspiration is having the adolescent with CP as a guide user.

Results and Discussion:

I present the three Adolescents nominated by health professionals who are the guide teens of this dissertation. We follow their nomadism through their life stories, their parents and the people nominated as Networks. With the Synthesis Map of the Adolescent Guides Living Networks, we can weave discussions about their ways of living with the repercussions of CP, and the marks of disability. And we find the territory of Complex Care, which provokes a reflection on how it is to care for an Adolescent with CP in the complexity of lives that produce adverse and distant networks from their geographic territories.

Conclusion:

The Adolescent as a Health System User will access it where they are welcomed, and find a solution for their needs, there is no way to happen in a hierarchical way because the complexity will be present in the user's life regardless of where they travel through the network.

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