Circunferência do pescoço como marcador de risco para a doença cardiovascular em mulheres na pós menopausa
Neck circumference as a risk marker for cardiovascular disease in post-menopausal women

Publication year: 2018
Theses and dissertations in Portugués presented to the Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher to obtain the academic title of Mestre. Leader: Leão, Leila Sicupira Carneiro de Souza

Objetivo:

avaliar o desempenho da circunferência do pescoço como um preditor de resistência à insulina em mulheres na pós-menopausa.

Materiais e Métodos:

estudo transversal onde avaliaram-se 100 mulheres na pós-menopausa, de 40 a 83 anos. Selecionou-se a amostra por conveniência, sendo constituída por mulheres atendidas no Ambulatório de Endocrinologia do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueiras (IFF-FIOCRUZ), Rio de Janeiro, Brasil.

Resultados:

as variáveis que apresentaram correlação significativa positiva com a circunferência do pescoço foram o peso, índice de massa corpora, Circunferências da cintura, abdômen e quadril, relações cintura-quadril e cintura-estatura, percentual de gordura corporal, Índices de adiposidade corporal e conicidade, Área de Gordura Visceral, pressão arterial sistólica, Glicose, Triglicerídeos, Insulina e HOMA-IR. Somente o HDL demonstrou correlação significativa negativa, o que já era de se esperar. A CP contribuiu significativamente para todos os fatores de risco cardiovascular. Não foi encontrada correlação significativa entre a CP e as variáveis idade, altura, PAD, CT e LDL. Foi construída uma curva ROC para avaliar a performance da CP a fim de identificar a resistência à insulina. Observando os valores definidos para traçar os pontos de corte de acordo com a sensibilidade e a especificidade sugere-se que o valor de 33,5cm com sensibilidade de 81% e especificidade de 33% seja o melhor corte. A circunferência do pescoço pode então ser sugerida como uma medida inovadora, prática, útil e de baixo custo para a avaliação do risco de doenças cardiovasculares relacionado a resistência à insulina, especialmente em mulheres pós menopáusicas.

Objective:

to evaluate the performance of neck circumference as a predictor of insulin resistance in postmenopausal women.

Materials and Methods:

a cross-sectional study where 100 postmenopausal women aged 40- 83 years were evaluated. The sample was selected for convenience, being made up of women attending the Endocrinology Outpatient Clinic of the National Institute of Women, Child and Adolescent Health Fernandes Figueiras (IFFFIOCRUZ), Rio de Janeiro, Brazil.

Results:

the variables that presented a significant positive correlation with the circumference of the neck were weight, body mass index, Waist circumference, abdomen and hip ratio, waist-hip ratio and waist-height, percentage of body fat, body fat index and conicity, Visceral Fat Area, systolic blood pressure, Glucose, Triglycerides, Insulin and HOMA-IR. Only HDL showed a significant negative correlation, which was already expected. CP contributed significantly to all cardiovascular risk factors. No significant correlation was found between CP and age, height, PAD, CT and LDL variables. An ROC curve was constructed to evaluate CP performance in order to identify insulin resistance. Observing the values defined for plotting the cutoff points according to sensitivity and specificity, it is suggested that the value of 33.5cm with sensitivity of 81% and specificity of 33% is the best cut. Neck circumference can then be suggested as an innovative, practical, useful and cost-effective measure for assessing the risk of cardiovascular disease related to insulin resistance, especially in postmenopausal women.

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