Objetivou-se avaliar a distribuição das tensões no incisivo central superior, ligamento periodontal e osso alveolar sob diferentes intensidades de torque por meio do método dos elementos finitos 3D não linear. Foram simulados torques na região dos incisivos centrais superiores com braquetes com slot .022 x .028” e fio de aço .019 x .025” até obter distâncias dos tubos dos primeiros molares permanentes de +10, + 15, +20 e 25mm para cervical (torque vestibular de coroa) e -10, -15, -20 e -25 mm para oclusal (torque lingual de coroa). As simulações foram processadas nos softwares FEMAP e Nei Nastran. Os resultados foram visualizados por meio de mapas de tensão máxima principal (TMP), deslocamento dentário e deformação óssea. Análise de deslocamento nos modelos de 25mm mostraram maior deslocamento da coroa (2,5mm) e em menor intensidade no ápice (1,18mm). A TMP do Ligamento Periodontal mostrou áreas de tração mais intensas para os modelos de 25mm nas regiões cervical e apical, assim como, grandes áreas de compressão na região vestibular, enquanto, a TMP com torque lingual mostraram tensões de tração ao longo de toda a superfície da região palatina e compressão na superfície vestibular. As maiores intensidades de deformação óssea se apresentaram nos modelos com 25mm na região da crista alveolar e no ápice por vestibular. Pode-se concluir que quanto mais intenso o torque vestibular ou lingual de coroa gerado nos modelos tridimensionais, maior deslocamento das coroas criando no Ligamento periodontal áreas intensas de compressão e tração. Torção do fio retangular de até 10mm de distância para cervical ou lingual do tubo do primeiro molar, observou-se distribuição mais equilibrada das tensões no ligamento periodontal e no osso alveolar. No osso alveolar, as áreas que apresentaram maior concentração da força foram na crista alveolar e no ápice. Este estudo sugere que diferentes situações clinicas ortodônticas, requerem diferentes intensidades de torque(AU)