A ocorrência de secas no Nordeste brasileiro é uma característica predominante da região, com isso a transposição do rio São Francisco está fundamentada sobre o discurso de disponibilizar água para cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Porém, grandes empreendimentos impactam de diferentes formas no contexto social e ambiental. O objetivo desse artigo é relatar as formas e as barreiras de acesso à rede de saúde pública, pelos camponeses em sofrimento mental, vulnerabilizados pela transposição do Rio São Francisco, no município de Sertânia-PE. Metodologicamente será realizado um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da participação no Projeto de Extensão Universitária intitulado TransVERgente, da Universidade de Pernambuco - UPE em parceria com o Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ-PE. Com a vivência, os debates e trocas de experiências no decorrer da visita, é possível constatar que as mudanças sociais e ambientais acarretadas pela transposição afetaram a saúde mental e revelou barreiras de acesso à rede de saúde pelas comunidades vulnerabilizadas devidos as obras da transposição, em todas as dimensões estudadas.