Infarto Agudo do Miocárdio Mortalidade no Brasil entre 2010- 2019
Acute Myocardial Infarction: Mortality in Brazil between 2010 - 2019

Publication year: 2022
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Aggeu Magalhães/ Fundação Oswaldo Cruz to obtain the academic title of Especialista. Leader: Sá, Domício Aurélio de

O Infarto Agudo do Miocárdio - IAM é a doença cardiovascular com maior morbimortalidade no Brasil. É uma doença prevalente em pessoas idosas, porém a sua incidência tem sido elevada em adultos jovens ao longo dos anos. A maior parte dessa mortalidade ocorre de forma súbita, antes de chegar ao hospital, tendo maior chance de sobrevida os pacientes que recebem o tratamento especializado em tempo oportuno. Este trabalho tem como objetivo descrever a mortalidade por IAM, no Brasil, no período de 2010 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo de série temporal (2010- 2019). Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).

As variáveis selecionadas foram:

regiões do país; sexo; faixa etária; local de ocorrência e raça/cor. Foi utilizado o óbito por local de residência. O grupo das doenças cardiovasculares é a principal causa de óbitos, sendo o IAM a mais importante nesse grupo. No Brasil, o coeficiente de mortalidade por IAM variou de 41,7 (2010) a 45,5 óbitos por 100 mil habitantes em 2019, com Sudeste sempre acima da média nacional. No entanto, na % de óbitos de IAM prematuros (< 60 anos) destacam-se as regiões centro-oeste, norte e nordeste. Pelo critério raça/cor, a população branca lidera os óbitos, com média de 53,7%, seguida da parda (34,6%) e no critério sexo, a população masculina é majoritariamente mais afetada, com 59% dos óbitos. Na escolaridade, pessoas que estudaram de 1 a 7 anos são a maioria, tendo a variável “ignorada” uma proporção elevada, refletindo o não preenchimento correto das declarações de óbito. No local de ocorrência, o hospital lidera com a proporção dos óbitos, seguido da opção “outros”. Pôde-se concluir que a mortalidade por IAM é um tópico que precisa de atenção, sobretudo em faixa etária prematura. As disparidades regionais de acesso aos serviços de saúde e as dificuldades socioeconômicas da população favorecem a mortalidade precoce pela doença, principalmente em regiões mais pobres. E nessas regiões também há menor qualidade da informação e subnotificações

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