Entender as respostas governamentais à luz do enfrentamento das últimas emergências de saúde pública suscita a discussão e organização de informações que podem estar disponíveis nas literaturas nacional e internacional, a fim de qualificar as ações de resposta, essenciais para o controle de transmissibilidade do vírus e das síndromes gripais, especialmente da COVID-19. Desse modo, este estudo teve como objetivo escrever as respostas governamentais mundiais à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A revisão seguiu as diretrizes do PRISMA, selecionando estudos quantitativos e qualitativos publicados em português e inglês, do período de 2011 a 2020, disponíveis nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Duas revisoras acompanharam os estudos de forma independente, baseando-se nos critérios de elegibilidade. Foram considerados 57 estudos e agrupamos suas respostas governamentais em categorias para desenvolver uma síntese narrativa sobre cada uma.

Essas categorias foram:

saúde (assistência à saúde, vigilância em saúde e gestão) e extra-saúde (ensino/pesquisa, assistência social, política internacional, serviços funerários e cemitérios, gestão de cidades, novas tecnologias e gestão de trabalho). Dos 57 artigos selecionados, a maioria falou sobre a saúde, sendo grande parte sobre a vigilância, seguida da assistência à saúde, gestão, gestão de cidades e psicologia. Já os estudos que tratavam sobre respostas extra-saúde, foram, em sua maioria, sobre novas tecnologias, seguido de ensino/pesquisa, serviços funerários, gestão do trabalho e assistência social. Tornam-se essenciais maiores investigações, a fim de complementar a ideia sobre as respostas governamentais, principalmente voltados para a realidade brasileira, considerando a urgência e o surgimento cada vez mais frequentes de doenças epidêmicas.