O uso de Medicinas Tradicionais e Complementares no tratamento de transtornos mentais comuns vem crescendo consideravelmente. Sujeitos com tais quadros buscam mais as Medicinas Tradicionais e Complementares do que a população em geral, no entanto, há uma base limitada de evidências sobre sua efetividade. Nesta revisão, objetivou-se analisar como a efetividade das Medicinas Tradicionais e Complementares para os transtornos mentais comuns vem sendo abordada. Realizou-se uma pesquisa eletrônica nos índices bibliográficos: LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e Scielo, utilizando os descritores: complementary therapies, effectiveness e mental health, no período de 2005 a 2014. Dos 245 artigos, dez foram selecionados e os resultados classificados em três categorias: tratamento complementar; percepção de mudança na perspectiva do sujeito e eficácia clínica na redução de sintomas. Há uma predominância dos ensaios clínicos randomizados como método de avaliação da efetividade das Medicinas Tradicionais e Complementares, gerando controvérsias nos resultados dos estudos pela ênfase na redução e remissão de sintomas. A efetividade do cuidado, a relação terapeuta-usuário, papel das crenças e modelos alternativos de pesquisa são pouco explorados. Destaca-se a importância da inclusão de outras medidas de efetividade que dêem conta da complexidade do cuidado na perspectiva das Medicinas Tradicionais e Complementares (AU).