Câncer de mama: estágio no momento do diagnóstico em mulheres residentes do Recife - Pernambuco
Breast cancer: stage at diagnosis moment in women residents of Recife - Pernambuco

Publication year: 2011
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Aggeu Magalhães to obtain the academic title of Especialista. Leader: Vasconcelos, Ana Lucia Ribeiro de

Resumo:

Câncer de mama apresenta elevada incidência e mortalidade no mundo, considerado um grave problema de saúde pública. Em Pernambuco e Recife, estima-se, respectivamente, uma incidência de 46,3 e 84,2 casos por 100 mil mulheres no ano de 2010. É segunda causa de morte entre as mulheres, porque os casos são detectados em fase avançada da doença. O objetivo do estudo foi verificar em que estágio da doença o diagnóstico de câncer de mama, em mulheres residentes de Recife/PE, está sendo realizado e identificar as possíveis barreiras que contribuíram para esse desfecho. Foi realizado uma pesquisa documental a partir de dados obtidos na base de dados do INCA, em publicações e sistemas de informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde de Pernambuco e um estudo de corte transversal com dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC), de mulheres assistidas de janeiro de 2000 a dezembro de 2004 (239 mulheres) nos cinco serviços de alta complexidade em oncologia para tratamento dessa doença no Recife.

As variáveis possíveis de serem analisadas a partir dos RHC foram:

idade, raça, escolaridade, estágio da doença no momento do diagnóstico e história familiar de câncer de mama. Realizou-se teste de Qui-Quadrado (X2), para verificar se os fatores discriminantes (variáveis mencionadas) exerceu alguma influência sobre o fator discriminado (câncer de mama avançado - estágio III e IV - no momento do diagnóstico). Foi encontrado, via web, informações no RHC de apenas dois serviços. Verifica-se que quanto menor a idade da portadora maior relação com história familiar tem esse evento e que a grande maioria (67,7%) dos casos foram diagnosticados em estágios avançados, as mulheres de classe social menos favorecidas tiveram duas vezes mais chances de ter esse desfecho (X2 =2,23, IC 95%, p=0,13). A demonstração de significância estatística ficou prejudicada em virtude do pequeno tamanho da amostra, agravado pelo grande número de “sem informações”. Os resultados sugerem que a rede para diagnóstico e atenção está desorganizada e que os sistemas de informação, nas atuais condições, não possibilitam aos gestores e profissionais envolvidos organizar a demanda para atendimento oportuno e adequado.

Algumas dificuldades para a implementação do RHC:

mau preenchimento, ausência de unificação dos prontuários e não priorização por parte dos gestores. (AU).

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