Vigilância das mães menores de 15 anos notificadas pelo SINASC de um hospital público em Recife - PE
Surveillance of mothers younger than 15 years notified by SINASC in Recife

Publication year: 2011
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Aggeu Magalhães to obtain the academic title of Especialista. Leader: Silva, Maria Carmelita Maia e

A população brasileira vem enfrentando alterações significativas em seu padrão demográfico e epidemiológico onde observamos nas últimas décadas a queda da fecundidade. Porém, entre as meninas brasileiras de até 15 anos, a tendência é oposta. Em 2004, eram 8,6 nascidos vivos por grupo de mil. Cinco anos mais tarde, a taxa verificada foi de 9,6 por mil (UNICEF, 2011). A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública necessitando de vigilância em saúde. Estudos mostram que acarreta um aumento na evasão escolar, aborto, parto prematuro, riscos obstétricos, com repercussões maiores na faixa etária de 10 a 14 anos devido a fatores biológicos, psicológicos e sociais. Dentre as ações de vigilância em saúde encontra-se o monitoramento da situação de saúde que precisa de sistemas permanentes e contínuos de acompanhamentos, com a finalidade de desencadear estratégias propícias para reduzir e eliminar riscos. Entretanto é necessário sistemas de informações que forneçam indicadores mostrando as tendências e as principais características do perfil epidemiológico da população. É nesse contexto que o presente estudo tem como objetivo propor um trabalho inovador através do núcleo de vigilância epidemiológica de um hospital de referência para gravidez de risco em Recife-PE: Implantando a vigilância de mães menores de 15 anos, usando como norteador o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) por ser um sistema capaz de fornecer dados fidedignos e oportunos sobre as características do perfil epidemiológico da saúde materno-infantil. Foi realizado um estudo avaliativo dos nascidos vivos de mães menores de 15 anos com base nas informações contidas no SINASC do hospital em estudo no período entre 2007 a 2011. Observou-se um aumento na proporção de filhos nascidos vivos de mães entre 10 a 14 anos no ano de 2011, passando de 37(1,43 por cento) em 2010 para 57(1,67 por cento) em 2011. (AU). A grande maioria é solteira, possuem menos de sete anos de estudos, fizeram menos de sete consultas de pré-natal, 50 por cento tiveram partos cesarianos, mais 50 por cento são donas de casa, 28 por cento tiveram partos prematuros, 40 por cento foram residentes do município de Recife e média de 2,4 por cento com filhos vivos anteriores. Sendo necessário criar estratégias multidisciplinares e intersetorial com intuito de melhor a qualidade de vida dessas adolescentes, permitindo proteção e apoio à menina-mãe, estímulo para que continuem estudando e sejam capazes de garantir um futuro melhor para si e para seu filho bem como prevenindo uma nova gravidez precoce. (AU).

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