Comunicação e saúde pública: o (des)conhecimento dos jornalistas da região metropolitana do Recife (PE) sobre o sistema único de saúde (SUS)
Communication and public health: the (lack of)knowledge of journalists of the metropolitan region Recife (PE) on the unified health system (SUS)

Publication year: 2011
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Aggeu Magalhães to obtain the academic title of Especialista. Leader: Mendes, Antônio da Cruz Gouveia

Até a criação do SUS a saúde não era direito de todos os brasileiros. O Estado focava suas ações na promoção da saúde e prevenção de doenças. Na área de recuperação da saúde a assistência era restrita aos trabalhadores de carteira assinada. Embora hoje esse direito seja garantido a todos, passados quase 23 anos de seu surgimento a população ainda não se apoderou desse sistema. No campo da comunicação esse fato está relacionado a questões como a cobertura sensacionalista dada ao setor saúde; a atenção oferecida às falas de fontes institucionais em detrimento de falas dos movimentos sociais e a busca de prevalecimento de sentidos através de práticas discursivas no universo midiático. Nesta pesquisa, o objetivo principal foi avaliar o conhecimento dos jornalistas atuantes nos principais veículos de comunicação da Região Metropolitana de Recife (PE) sobre o SUS. Os resultados mostram, entre outro dados, que a definição mais frequente dada para saúde é o bem-estar físico, mental, social, resultante de condições sociais. Direito à saúde é ter acesso a serviços de saúde. As unidades assistenciais são as mais lembradas como instâncias que formam o SUS; a maioria não atribui às três esferas de gestão governamental a responsabilidade pelo sistema e o seu financiamento. Para eles esse sistema funciona mal e a qualidade da assistência é ruim, embora afirmem não fazer uso dele. Quase todos não souberam apontar os conselhos e as conferências de saúde como ferramentas de controle social; nenhum deles avaliou conhecer bem o sistema. (A.U). Conclui-se que é superficial o conhecimento dos jornalistas sobre o SUS, prejudicando a divulgação feita sobre ele. Para realizar a avaliação foram entrevistados 18 jornalistas, escolhidos por sorteio, ligados a rádios, TVs e jornais, seguindo-se um roteiro padronizado. Para análise e sistematização dos dados foi usada a técnica de condensação de significados de Kvale, que implica no resumo das entrevistas a partir de extrato das falas dos entrevistados. (A.U).

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