Estudo retrospectivo do trauma maxilofacial decorrente de violência atendido em um pronto socorro hospitalar
Retrospective study of maxillofacial trauma resulting from interpersonal violence treated in a hospital emergency room

Publication year: 2024
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia to obtain the academic title of Mestre. Leader: Luz, Joao Gualberto de Cerqueira

Este trabalho analisou o perfil dos pacientes de trauma maxilofacial decorrente de violência atendidos em um serviço de cirurgia e traumatologia maxilofacial hospitalar na cidade de São Paulo. Os dados de pacientes com história de trauma maxilofacial decorrente de violência e de outras causas atendidos entre janeiro e dezembro de 2019 foram avaliados retrospectivamente. Foram avaliados dados pessoais, dia de ocorrência, tipo de trauma: tecidos moles, fratura maxilofaciais, trauma dentoalveolar e trauma à ATM. Os dados obtidos foram submetidos a análises estatísticas com o emprego do IBM SPSS Statistics versão 25.0. Os pacientes decorrentes de violência interpessoal apresentaram idade média de 32,6 anos, com predomínio do sexo masculino (62,7%). A ocorrência foi de 76% nos dias úteis. O terço da face mais atingido foi o médio, ocorrendo mais no sexo feminino (p=0,020). Fraturas de mandíbula foram mais comuns no sexo masculino (p=0,001) e as de nariz para o sexo feminino (p=0,015). A probabilidade de um paciente vítima de violência interpessoal apresentar fratura facial é de 41,4%, lesões de tecidos moles é de 42,5% e trauma dentoalveolar é de 16,8%. Na comparação da violência com outras causas de trauma, a média de idade de casos de violência foi maior (p<0,001), havendo mais casos de adultos jovens nos casos violência e de crianças nas causas gerais, houve maior número de trauma de tecidos moles nos casos de causas gerais (p<0,001), houve maior número de fraturas de face nos casos de violência (p<0,001). Os pacientes com trauma maxilofacial decorrente de violência interpessoal apresentaram maior média de idade e maior frequência de fraturas maxilofaciais quando comparados aos pacientes com trauma maxilofacial decorrente de outras causas.

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