Morbimortalidade no trânsito: o cenário de uma capital após a municipalização
Morbimortality in transit: the scenario of a capital after municipalization
Publication year: 2008
Theses and dissertations in Portugués presented to the Instituto Aggeu Magalhães to obtain the academic title of Especialista. Leader: Silva, Maria Carmelita Maia e
Este estudo descreve a evolução dos acidentes de trânsito em Recife, Pernambuco, Brasil, entre 1993 e 2007. Os acidentes de transporte constituem a segunda causa de morte por violência, superada apenas pelos homicídios. Em 1997 foi instituído o Novo Código de Trânsito Brasileiro, que trouxe a municipalização do trânsito. Em 2001, a Política Nacional de Redução da morbimortalidade por acidentes e violência veio somar dando mais uma ferramenta para o enfrentamento do problema. O número de mortos, feridos e sequelados fez com que o setor saúde percebesse esta causa como um importante agente no incremento da demanda por serviços médico-hospitalares. Nos últimos cinco anos, o trânsito fez 1.046 vítimas fatais em Recife. O diagnóstico da nossa realidade foi feito após a análise dos bancos de dados do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), da Companhia de Transito e Transporte Urbano (CTTU) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Foram calculados indicadores como taxa de mortalidade, risco relativo e percentual. Em vários países o crescimento de veículos de duas rodas está associado ao aumento do número de traumatismos causados pelo trânsito. Constatou-se que existe uma tendência de redução da mortalidade das vítimas do trânsito, mas um aumento no número de vítimas com ferimentos. O risco relativo de acidente para os usuários de motocicleta em relação aos que andam de carro foi de 11,65 em 2003 para 14,49 em 2007. A persistência de elevada freqüência de vítimas dos acidentes de trânsito indica a necessidade de intensificar esforços para a mudança de comportamento de motoristas e pedestres. Para atuarmos nessa problemática a busca por dados geradores de informação deverá ser uma constante já que os cenários das grandes cidades são dinâmicos e demandam articulações e esforços intersetoriais (AU).