Publication year: 2024
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Paraná to obtain the academic title of Doutor. Leader: Peres, Aida Maris
Resumo:
Introdução: A comunicação eficaz é fundamental para melhores resultados na enfermagem e saúde, impactando na satisfação e na segurança do paciente. O Instrumento de Medida da Competência Comunicação em Enfermagem (IMC-CPE) pode ser amplamente aplicado em educação baseada em simulação, preenchendo lacunas na avaliação da competência comunicativa. Objetivo:
Testar as propriedades psicométricas dos componentes conhecimentos, habilidades e atitudes do Instrumento de Medida da Competência Comunicação Profissional em Enfermagem e estabelecer a padronização e normatização. Método:
Estudo metodológico, com abordagem quantitativa e qualitativa. O estudo foi realizado em três laboratórios de simulação:
dois localizados na região sul do Brasil e um na região nordeste. Participaram 249 estudantes do último ano do curso de graduação em Enfermagem. O estudo foi realizado em três fases:
(a) planejamento de ações educativas por meio da aplicação de aula e aplicação de experiência baseada em simulação sobre a competência em foco; (b) análise psicométrica de dimensionalidade, dificuldade, discriminação e confiabilidade da consistência interna; e (c) padronização e normalização do instrumento. A aplicação do instrumento em educação baseada em simulação ocorreu em três momentos:
antes da aula sobre a competência comunicação (prebriefing), imediatamente após o cenário de simulação clínica e após o debriefing da simulação. Resultados:
A idade média dos participantes foi de 24,4 anos, dos quais 87,6% eram mulheres. A estrutura do IMC-CPE foi corroborada pela Análise Fatorial Confirmatória, evidenciando três fatores: conhecimentos ([ômega] = 0,928), habilidades ([ômega] = 0,927) e atitudes ([ômega] = 0,939). A discriminação dos itens variou entre moderada (1,21) e perfeita (3,13) com 69,6% apresentando alta discriminação e dificuldade. O instrumento também apresentou boa consistência interna geral ([ômega] = 0,972; IC 95% [0,967; 0,977]). Os escores dos três fatores aumentaram após o debriefing, o que reforça a fidedignidade dos resultados obtidos. Os resultados da normalização ofereceram métricas quantitativas para interpretar o escore do IMC-CPE, viabilizando comparações com estudos com base teórico-metodológicas similares. Os resultados sugerem alta satisfação dos participantes com a experiência de simulação a partir do método de debriefing aplicado. A revisão de escopo realizada neste estudo aponta o IMC-CPE como o primeiro instrumento voltado para a avaliação de todos os contextos da competência em comunicação aplicados a enfermagem. Conclusão:
O instrumento foi considerado uma ferramenta educacional válida, precisa e confiável para avaliar a competência comunicação profissional em enfermagem. Os resultados indicam que o instrumento é aplicável em educação baseada em simulação, na prática clínica real ou em atividades em sala de aula para avaliação formativa, somativa, e de alto impacto. A abordagem melhorou a compreensão dos aprendizes sobre suas ações e os apoiou a se sentiram mais preparados para desenvolver a competência comunicação profissional em enfermagem em experiências futuras.
Abstract:
Introduction: Effective communication is essential for improved outcomes in nursing and healthcare, impacting patient satisfaction and safety. The Nursing Communication Competence Measurement Instrument (IMC-CPE) has broad applications in simulation-based education (SBE), addressing gaps in assessing communicative competency. Objective:
To test the psychometric properties of the knowledge, skills, and attitudes components of the Nursing Communication Competence Measurement Instrument and to establish its standardization and normalization for application. Method:
This is a methodological, multicenter study with quantitative and qualitative approaches. The study was conducted at the Simulation Laboratories of the Federal University of Piauí, located in northeastern Brazil, and the Federal University of Paraná and Pequeno Príncipe College, both in southern Brazil. A total of 249 senior nursing students participated. The study was carried out in three phases:
(a) planning educational actions through lectures and SBE focusing on the target competence; (b) psychometric analysis of dimensionality, difficulty, discrimination, and reliability of internal consistency; and (c) standardization and normalization of the instrument. The instrument was applied in SBE at three moments:
before the communication competence lecture (prebriefing), immediately after the clinical simulation scenario, and following the simulation debriefing. Results:
The mean age of participants was 24.4 years, with 87.6% being female. The structure of the IMC-CPE was supported by Confirmatory Factor Analysis, revealing three factors: knowledge ([ômega] = 0.928), skills ([ômega] = 0.927), and attitudes ([ômega] = 0.939). Item discrimination ranged from moderate (1.21) to perfect (3.13), with 69.6% showing high discrimination and difficulty. The instrument also demonstrated good overall internal consistency ([ômega] = 0.972; 95% CI [0.967; 0.977]). Scores for the three factors increased after debriefing, reinforcing the reliability of the obtained results. Normalization results provided quantitative metrics for interpreting the IMC-CPE score, enabling comparisons with studies based on similar theoretical-methodological frameworks. The findings suggest high participant satisfaction with the simulation experience based on the debriefing method applied. The scoping review conducted in this study identifies the IMC-CPE as the first instrument focused on assessing communication competence across all nursing practice settings. Conclusion:
The instrument was considered a valid, accurate, and reliable educational tool for nursing professional communication competence. Results indicate that the instrument is applicable in SBE, real clinical practice, or classroom activities for formative, summative, and high-impact assessment. The approach enhanced learners’ understanding of their actions and supported them in feeling more prepared to develop nursing communication competence in future experiences.