Acurácia do teste de velocidade de marcha para predizer mortalidade em sete anos entre idosos residentes na comunidade
Accuracy of gait speed for predicting seven-year mortality among community-dwelling older people
Publication year: 2019
Theses and dissertations in Inglés presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas to obtain the academic title of Doutor. Leader: Lourenço, Roberto Alves
Em indivíduos idosos, a velocidade de marcha é um importante teste de desempenho físico, pois a incapacidade de realizá-lo e a lentidão em sua execução estão associadas a diversos desfechos negativos de saúde, incluindo mortalidade. Além disso, apresenta outras vantagens, como o baixo custo, a simplicidade no processo de aferição e a possibilidade de aplicação em diferentes espaços de cuidados de saúde. Porém, a despeito dessas características, poucos estudos se concentraram especificamente na sua capacidade preditiva e no impacto da sua aplicação no cuidado do idoso. Obstáculos na determinação do melhor ponto de corte para classificar os indivíduos com base em sua velocidade de marcha representam outra limitação associada ao seu uso em ambientes clínicos e de pesquisa. O objetivo principal foi avaliar a validade externa do teste de velocidade de marcha para predizer mortalidade entre idosos da comunidade. Realizou-se o linkage probabilístico entre as bases do Fibra-RJ (linha de base) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). As principais variáveis de interesse foram idade, sexo, velocidade de marcha e morte. Os indicadores de acurácia foram sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança positiva e área sob a curva. Os pontos de corte ‘ótimos’ foram identificados considerando maximização de sensibilidade versus especificidade. Duzentos e quatro idosos (27,9%) morreram no período de sete anos. Esses indivíduos apresentaram menor velocidade de marcha (0,77 m/s), quando comparados com os que permaneceram vivos (0,87 m/s) (p <0,001). A acurácia foi baixa em todos os subgrupos. Na amostra total, o ponto de corte ‘ótimo’ foi de 0,83 m/s, com sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança positiva e área sob a curva Receiver Operating Characteristic de 63,8%, 63,2%, 1,73 e 0,63, respectivamente. Os resultados destacam óbstáculos no uso do teste de velocidade de marcha como ferramenta única em virtude da baixa acurácia na detecção de idosos em risco de morte. Pesquisadores e profissionais de saúde devem considerar o uso do teste de velocidade de marcha em conjunto com outros testes na avaliação de idosos
In older people, the usual gait speed is an important test of physical performance, because the inability to perform the test e slow execution are associated with several negative health outcomes, including mortality. Also, it has other advantages, such as low cost, simplicity in the measurement process, and the possibility of application in different health care spaces. However, despite these characteristics, few studies have focused specifically on its predictive capacity and the impact of its application on the care of the elderly.Obstacles in determining the best cut-off value for classifying individuals based on their gait speed represent another limitation associated with its use in clinical and research settings. This study aimed to evaluate the external validity of the gait speed in predicting seven-year mortality among communitydwelling older people. The linkage was carried out based on the Frailty in Brazilian Older People Study, Rio de Janeiro section, and the Brazilian Mortality Information System database from 2009 until December 2016. The variables of interest of the present study included sex, age (age of 65–79 years and age of 80 years or greater) and gait speed. The measures of diagnostic accuracy included the sensitivity, specificity, positive likelihood ratio and area under the curve. The optimal cut-off points were identified by considering the highest possible sensitivity and specificity values. Two hundred and four older individuals (27.9%) died during the study period. These individuals presented a lower gait speed (0.77 m/s) than the survivors (0.87 m/s) (p<0.001). The accuracy was low in all subgroups. In the total sample, the ‘optimal’ cutoff value was 0.83 with a sensitivity of 63.7%, a specificity of 63.2%, an area under the curve of 0.64 and a positive likelihood ratio of 1.73. The most accurate cut-off value was 0.8 m/s with a sensitivity of 58.3 and a specificity of 68.0%. The findings highlight the obstacles in using the gait speed as a single tool due the low accuracy in detecting individuals at risk of death. Researchers and health professionals should consider using the gait speed in conjunction with other simple tests in the assessment of older individuals
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