Foram descritas e discutidas várias técnicas de inspeçäo "post-mortem" usadas para a detecçäo da cisticercose bovina em matadouros. Com um procedimento padronizado de inspeçäo, objetivando a detecçäo do Cysticercus bovis no exame "post-mortem" de bovinos, no qual novas técnicas de exame do diafragma e esôfago foram introduzidas, o autor estudou, durante o biênio 1979-1980, 414.783 animais oriundos de regiöes de criaçäo do Brasil Central Pecuário, abatidos no Frigorífico Anglo-Barretos, Estado de Säo Paulo. Destes animais, 10.467 (2,52%) estavam infectados com cisticercose, sendo 9.996 (95,50%) monocisticercósicos e 471 (4,50%) pluricisticercósicos.

Detalhes da distribuiçäo dos cisticercos vivos e degenerados säo apresentados e discutidos e a seguinte ordem decrescente de importância dos locais de predileçäo foi encontrada:

coraçäo, músculos mastigatórios, diafragma, esôfago, língua e fígado. As técnicas preconizadas, no biênio estudado, aumentaram a eficiência da detecçäo de bovinos monocisticercósicos, no exame "post-mortem", em 3,12%; entretanto, quando considerada a maior prevalênccia bimestral elas revelaram 4,87% desses casos.

As maiores prevalências bimestrais de bovinos monocisticercósicos ocorreram nos dois últimos bimestrais do período estudado:

2,98% (Set-Out) e 4,03% (Nov-Dez)