Foram estudados óbitos de menores de 1 ano e nascimentos no Município de Marília-SP, em 1978, com o objetivo de mensurar o valor real e caracterizar a mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal, segundo as causas básicas e associadas de mortes assinaladas nos atestados de óbito. Realizou-se também uma primeira avaliaçäo da influência de certos fatores biológicos, sócio-econômicos e ambientais sobre essa mortalidade. Os dados obtidos junto aos serviços de saúde e cartórios foram corrigidos por residência. Foi utilizada a entrevista domiciliar visando a obtençäo de dados adicionais sobre esses óbitos e respectivas famílias. O coeficiente de mortalidade infantil (corrigido) foi de 67,22 por mil nascidos vivos, com predominância do componente pós-neonatal (38,36 por mil nascidos vivos), demonstrando ser a mortalidade infantil na área estudada um sério problema de saúde pública. Fatores tais como baixo peso ao nascer, gestaçöes em mulheres com menos de vinte ou com mais de trinta e cinco anos, baixa escolaridade das mäes, condiçöes inadequadas de abastecimento de água, dentre outros, revelaram ter papel importante como condicionantes da elevada mortalidade infantil observada. Quanto às causas básicas de mortes infantis, predominaram as infecciosas (30,33%) e perinatais (25,12%). Dentre as associadas, os sintomas e estados mórbidos mal definidos foram os mais freqüentes (22,17%), seguidos das infecciosas (19,57%). A imaturidade e a deficiência nutricional, como causa básica ou associada, estiveram em 27,01% e 21,33% dos óbitos infantis respectivamente. O trabalho mensurou ainda o sub-registro de nascimento, para os partos ocorridos em maternidade, o qual atingiu o valor de 2,12%