Desde o início da revoluçäo industrial na Inglaterra, uma questäo, que sempre interessou aos ecólogos, foi compreender como os grupamentos de organismos se distribuem e como êles se alteram em número de espécies e abundância por influência dos processos poluídores. Basicamente, tem-se usado dois métodos para entender os efeitos dos poluentes sobre a diversidade biológica: estudos relacionados à estrutura das comunidades e conhecimento dos organismos indicadores. A resposta de cada populaçäo às alteraçöes do ambiente depende de suas características fisiológicas, podendo ocorrer o favorecimento de determinadas populaçöes e eliminaçäo de outras. Tem-se procurado representar essas váriaçöes através de Sistemas Biológicos Indicadores de Poluiçäo, corretamente elaborados e de grande importância e valor acadêmico, mas deixando muitas vezes de apresentar aplicaçöes práticas nos trabalhos de controle e caracterizaçäo da poluiçäo em instituiçöes que desenvolvem atividades de saneamento e saúde pública,por serem complexos e exigindo refinada classificaçäo taxonômica. O trabalho procede a uma revisäo desses sistemas, caracteriza as condiçöes sanitárias de várias represas que servem ao abastecimento da cidade de Säo Paulo, e propöe a adoçäo do Indice de Diversidade e do Sistema de Palmer nos trabalhos de caracterizaçäo ecólógica-sanitária de ambientes aquáticos poluídos com matéria orgânica