Consumo de medicamentos benzodiazepínicos no Brasil - 1970 a 1985: análise comparativa de tendências
Publication year: 1986
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Práticas de Saúde Pública to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Partindo das projeçöes de vendas de medicamentos em farmácias comerciais de todo o território brasileiro, analisou-se as tendências do consumo de medicamentos benzodiazepínicos, no período de 1970 a 1985 e comparou-as com as tendências de consumo de outros grupos medicamentosos, escolhidos como representativos das prescriçöes médicas (neurolepticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, nitritios, antiparkinsonianos, antigotosos, digitálicos, hipoglicemiantes orais e insulinas). O indicador de consumo - número de doses médias diárias vendidas diariamente para cada grupo de 1.000 habitantes maiores de 15 anos - mostra três tendências ao longo do período: entre 1970 e 1976 a taxa média de crescimento anual do consumo de benzodiazepínicos é bastante elevada (22%), no período 1976-1980 o crescimento é bem menos acelerado (4,4% ao ano), e entre 1980 e 1985 a taxa é negativa (- 2% ao ano). Essas variaçöes ocorrem principalmente em funçäo das tendências de consumo dos chamados "antidistônicos" - associaçöes benzodiazepínicas cuja venda no Brasil foi liberalizada até 1986 - bastante popularizados a partir da década de 70 e que, hoje em dia, representam 47% do consumo de benzodiazepinas. Analisa-se os aspectos de legislaçäo sanitária e de mercado associados às tendências de consumo de tranquilizantes. Säo, também, apresentados os indicadores de consumo (DMD/1.000hab/dia) dos diversos grupos medicamentosos representativos das prescriçöes médicas