Os objetivos dessa investigaçäo foram estudar as condiçöes de vida, trabalho e riscos ocupacionais a que estäo sujeitos os coletores de lixo da cidade de Ribeiräo Preto, Estado de Säo Paulo. Dos 53 trabalhadores submetidos aos critérios de inclusäo, 36 constituíram a amostra estudada. Houve entrevistas domiciliárias, tendo sido as respostas registradas em formulário especialmente elaborado e testado previamente em estudo piloto. Observou-se que mais de 70% da amostra possuem entre 20 e 40 anos; 52,77% säo brancos; 75% casados e mais de 65% procedem da regiäo Sudeste. Para verificar as condiçöes de vida foram analisados aspectos relacionados à moradia e renda (44,44% residem em casas financiadas; 22,22% em imóveis próprios; 19,44% em alugados e os demais em casas pelas quais nada pagam. Mais de 95% dessas situam-se nas periferias da cidade e os coletores dirigem-se ao local de trabalho de bicicleta, ônibus ou a pé. 44,22% recebem a renda tipo B* 27,77% a de tipo A* e os demais, as de tipo C* ou D*. Todos ganham 20% de taxa de insalubridade e 10% como prêmio por assiduidade, como percepçäo adicional sobre o salário); núcleo familiar, número de cômodos e tipo de casa (50% possuem 5 à 7; 33,33%, 2 à 4 e o restante mais que 8 pessoas no núcleo familiar; 72,22% possuem 4 e/ou 5 cômodos em suas residências; 25% moram em locais de 2 e 3 cômod e um em lugar com 6 ou mais cômodos. Mais de 90% das casas säo de alvenaria); presença de benefícios públicos (todos possuem luz elétrica em casa e mais de 75% contam com redes de água e esgoto, independente de morarem em ruas asfaltadas ou terem o lixo coletado pelo serviço público de recolhimento); de plantaçäo de árvores fritíferas e/ou hortaliças...