O atendimento dos médicos em Centros de Saúde e a prevalência das desordens mentais: Uberlândia-MG, 1985

Publication year: 1988
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Este estudo considera o atendimento dos clínicos ao nível dos cuidados primários, para levantamento da prevalência das desordens mentais. Foram estudadas 7851 fichas de consultas médicas (clínicos ginecologistas e pediatras), em 8 centros de saúde no ano de 1985, no município de Uberlandia-MG. Considerou-se a anamnese, o diagnóstico e a conduta, mas os sinais e sintomas foram os mais indicativos na detecçäo de um caso de desordem mental. Os resultados foram comparados com os da literatura nacional e internacional. Os dados foram distribuídos por faixa etária, centro de saúde (onde havia ou näo o profissional de saúde mental), lista de sinais e sintomas, diagnósticos, condutas. O intervalo médio de prevalência foi de 10,2 a 12,66 (C = 0,95), para os adultos, e de 2,15 a 4,27 para as crianças abaixo de 12 anos. Foi grande a variaçäo entre os centros de saúde (mínimo de 4,72 e máximo de 21,53) e entre as faixas etárias, com a curva ascendentente até os 40-50 anos, e depois entrando em queda. As maiores taxas encontram-se dos 30 aos 50 anos, cerca de 1/3 de todas as taxas estäo acima de 15. A dor é sintoma mais importante (1/4 dos sintomas, e 21 de todos os diagnósticos; em especial a dor de cabeça), seguido do nervosismo-ansiedade e das tonteiras. O grupo dos sintomas psicossomáticos representa 1/4 dos quadros levantados. A maioria (70) das condutas médicos foi deprescriçäo de medicamentos. Os psicofármacos säo 3/4 dos medicamentos prescritos, principalmente, os benzodiazepínicos, que representaram 45,9 de todos os medicamentos. O autor também discute a grande variabilidade de resiultados a partir das metodologias e o papel e caracterizaçäo dos clínicos no levantamento das desordens mentais. Em seguida, num plano teórico, avalia-se a inadequaçäo do método e prática da psiquiatria comunitária (preventiva), a realidade concreta. Abstratamente, o indivíduo e a sociedade tornam-se objeto de análise e trabalho, independemtemente das articulaçöes de produçäo

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