Foram estudadas 74 gestantes de nível sócio-econômico baixo e seus respectivos recém-nascidos, agrupados de acordo com o recebimento ou näo de assistência pré-natal, no setor de Ginecologia e Obstrícia da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto-USP. Considerou-se os seguintes parâmetros: faixa etária, estado civil, cor, número de filhos vivos, peso ao internar, estatura, número de gestaçöes, paridade, número de abortos anteriores, nível sócio-econômico, ingestäo proteico-calórica, número de consultas pré-natal ganho de peso materno, intercorrências durante a evoluçäo da gestaçäo e internaçäo hospitalar, resoluçäo da gestaçäo, duraçäo da gestaçäo, anestesia, intercorrência durante a resoluçäo da gestaçäo, complicaçöes posteriores a resoluçäo da gestaçäo, intercorrências no puerpério, amamentaçäo, índice de Apgar, peso e estatura dos recém-nascidos ao nascer e peso placentário. Posteriormente, foram correlacionadas algumas variáveis das mäes e seus recém-nascidos. Verificou-se que no grupo A, que recebeu assistência pré-natal, o peso do recém-nascido foi influenciado pelo peso materno ao internar e pelo ganho ponderal na gestaçäo e a estatura do recém-nascido foi influenciada pelo peso materno, porém näo foi pelo ganho ponderal. No grupo B, o peso e a estatura do recém-nascido foram influenciados pelo peso materno ao internar. Em ambos os grupos, o peso do recém-nascido foi independente da estatura materna, porém mostrou correlaçäo positiva com o peso placentário. Características maternas como idade, número de gestaçöes e paridade näo influenciaram no peso dos recém-nascidos em ambos os grupos. O grupo A teve maior ingestäo proteico-calórica que o grupo B, porém näo houve diferença estatistidamente significante entre os dois grupos. Após comparados todos os parâmetros, acreditamos que possivelmente a assistência pré-natal tenha influenciado nestes resultados, mesmo em se tratando de pacientes de nível sócio-econômico baixo