O estudo realizado procurou retratar o comportamento verbal dos membros da equipe de enfermagem, pacientes e outros sujeitos - acompanhantes e demais elementos da equipe de saúde - durante a passagem de plantäo em um hospital de ensino.

Foram objetivos centrais:

a verificaçäo da freqüência das categorias verbais e episódios verbais, a identificaçäo das variáveis que permeiam o comportamento do falante e ouvinte durante as passagens de plantäo; a investigaçäo das fontes de informaçöes, ocorrências verbais e näo verbais como variáveis desencadeadoras ou oponentes a emissäo do comportamento verbal. O referencial teórico que fundamentou o estudo enquadra-se na linha behaviorista, especificamente no modelo comportamental formulado por Skinner (1957). Procedeu-se a investigaçäo em duas unidades de internaçäo hospitalar utilizando-se para a coleta dos dados a técnica de observaçäo direta e registro cursivo com papel, lápis e gravador. Os resultados demonstraram adequacidade das técnicas empregadas, registrando-se a emissäo das categorias verbais tato, mando, intraverbal, ecóico e textual pelo grupo estudado, com predominância significante de emissäo categoria tato. Dentre os sujeitos, o enfermeiro foi o elemento que apresentou maior freqüência de emissäo (46,6%) e os pacientes a menor (1,1%). Os episódios verbais analisados no estudo mostraram a alta incidência do "epsidódio com complementaçäo", em relaçäo aos demais. Embora as diferentes categorias de sujeitos investigados apresentassem emissöes de episódios verbais, foi marcante que a comunicaçäo centralizou-se entre os elementos da equipe de enfermagem, com pequena participaçäo dos pacientes nos diálogos observados durante o procedimento. Evidenciou-se também a utilizaçäo de fontes de informaçöes, tais como papeleta de prescriçäo e folhas de anotaçöes, como meio de repasse de informaçöes e registros de ocorrências verbais e näo verbais durante as reuniöes observadas...