A presente investigaçäo constituiu-se de duas etapas distintas: (1) A traduçäo, adaptaçäo e aferiçäo das qualidades psicométricas da escala de atitudes "Opiniöes sobre a Doenças Mental", de Cohen & Struening, e (2) A mensuraçäo das atitudes frente ao distúrbio da saúde. A populaçäo amostral normativa, que participou da primeira etapa do trabalho, foi composta por 336 médicos da cidade de Ribeiräo Preto, SP. Os resultados aqui obtidos indicaram que aquele instrumento de medida apresenta psicométricas bastante satisfatórios, sendo capaz de limitar, em nosso meio, sete dimensöes atitudinais, que receberam as seguintes denominaçöes: Fator A - Autoritarismo, Fator B- Benevolência, Fator C - Ideologia de Higiene Mental, Fator D - Restriçäo Social, Fator E - Etiologia Interpessoal, Fator F - Etiologia de Esforço Mental e Fator G - Visäo Minoritária.

A populaçäo amostral relativa a segunda etapa da investigaçäo foi constituida pelos seguintes grupos profissionais:

Médicos (301 participantes), enfermeiros (154), Psicólogos (68), Assistentes Sociais (35), Funcionários do Setor Administratrivos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto (108), totalizando 666 sujeitos. Os resultados indicam, basicamente que: -Os grupos profissionais exibiram diferenças significantes quanto ao perfil atitudinal exibido frente a doença mental, sendo que o grupo dos Funcionários apresentou as atitudes mais negativas. -Entre os profissionais da saúde, os Enfermeiros destacaram-se por apresentar o perfil atitudinal de maior conteúdo autoritário. - Na categoria dos Médicos foram detectadas diferentes atitudinais de acordo com a especialidade e, neste caso, os Psiquiatras exibiram as atitudes mais positivas