De 1977 a 1987 foram estudados 524 pacientes submetidos a troca de valva mitral pela prótese de pericárdio bovino PBIMC, totalizando 575 biopróteses, com 492 implantadas em adultos (> 21 anos) e 83 jovens (< ou = 21 anos), com o acompanhemanto de 98,7% dos pacientes em um seguimento médio de 3,7% anos. Os óbitos hospitalares (9,0%) foram excluídos do estudo. A sobrevida alcançada pelos jovens e adultos foi de 72,0 ñ 7,9% (N = 72,5 ñ 4,4% (N = 20), respectivamente. As complicaçöes tardias foram classificadas em fatais e näo-fatais. As primeiras foram registradas com um índice global de 15,4%, reduzido a 4,4% quando consideradas apenas as complicaçöes relacionadas com a bioprótese, com uma incidência de 1,0 evento por 100 paciente-ano tendo como causas principais a endocardite (2,7%), a calcificaçäo (0,6%) e o AVC (1,1%). O estudo atuarial revelou que 95,0 ñ 1,1% (n = 31) das biopróteses ficaram livres de complicaçöes fatais, correspondendo a 1,2 eventos por 100 pacientes-ano. Para as näo-fatais, tal índice foi de 76,0 ñ 5,9% (N = 30), com 3,0 eventos por 100 paciente-ano, assim representados: calcificaçäo (5,6%) e endocardite (1,4%) como as causas mais freqüentes. O vazamento paravalvar e o tromboembolismo tiveram uma incidência de 0,2 eventos por 100 paciente-ano, para cada um deles. Para a ruptura, tal índice foi de 0,1 evento por 100 paciente-ano. Ficaram livres de tromboembolismo nesse período 97,7 ñ 0,7% (N = 32) dos pacientes sem o uso de anticoagulantes, e da endocardite 95,4 ñ 3,3% (N=7) dos jovens e 95,8 ñ 1,0% (N = 25) dos adultos. O índice linearizado de calcificaçäo foi de 6,8 e 0,8 eventos por 100 paciente-ano para os jovens e adultos, respectivamente, significando que 40,0 ñ 14,7% (N = 6) dos jovens e 90,4 ñ 3,2% (N = 26) dos adultos, ficaram livres dessa complicaçäo...