Durante 22 meses (março de 1983 a dezembro de 1984) foram examinadas 946 amostras de fezes e mecônios de crianças atendidas em quatro áreas do hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP) com idade variando de 0 a 5 anos. Os casos de rotavírus positivos por ensaio imunoenzimático (Elisa) foram submetidos a eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) e microscopia eletrônica (ME). Da populaçäo estudada, 41 amostras foram positivas pelos dois primeiro métodos (4,33%); apenas 4 (0,42%) nos 3 métodos. Dos pacientes com diarréia (N = 355), 9,29% foram rotavírus positivos. Os recém-nascidos (RN) apresentaram a maior taxa de positividade entre os assintomáticos (1, 19%). Quando consideramos os grupos com e sem sintomas, a positividade deles aumenta para 17%. No Berçário, a incidência de diarréia observada durante os 2 anos do trabalho foi similar, havendo predomínio das infecçöes bacterianas, o mesmo ocorrendo nas outras áreas estudadas. No berçário näo foi detectado rotavírus entre os sintomáticos. Nas demais áreas, os RN sintomáticos participaram com 6% dos casos. O grupo mais atingido por rotavírus foi o de 3 a 4 meses e 20 dias de idade. No presente trabalho, foram analisadas também as condiçöes de saneamento, de alimentaçäo, de nascimento, bem como, as condiçöes climáticas, a que a populaçäo estava submetida no período em estudo