Estudo epidemiológico realizado na Cidade de Muniz Ferreira, Bahia, com o objetivo de investigar a associaçäo entre o comportamento relacionado a água e a presença de ovos de Schistosoma mansoni nas fezes. A atividade de pesquisa foi concentrada em dois grupos específicos. O primeiro constou de setenta e cinco donas de cas (50% do total encontrado), isto é, senhoras de vinte e cinco a sessenta e cinco anos, com filhos. Para este grupo foi utilizada como metodologia a observaçäo direta e a entrevista livre, enfatizando diversos aspectos da relaçäo "homem e água" no cotidiano. Encontrada correlaçäo estatisticamente significante entre a frequência com que a amostra estudada utiliza a água em suas atividades domésticas e a presença de ovos de Schistosoma mansoni nas fezes (qui-quadrado= 29,6; grau de liberdade 2). A associaçäo entre o medo da água e a existência dessa helmintíase registrou X2 = 10,6. A maior ou menor aproximaçäo da água no desenvolvimento de atividades como, lazer, trabalhos domésticos, andar na rua etc., demonstrou uma associaçäo estatisticamente significante com a citada parasitose (X2 = 20,8). Entretanto o cruzamento entre o hábito das donas de casa praticarem rituais com água e a presença de ovos de Schistosoma mansoni näo registrou significância estatística a nível de 5%. O outro grupo de trabalho constou de cento e setenta escolares na faixa etária de cinco a quatorze anos (63% dos escolares encontros).

Como metodologia foram utilizados testes projetivos:

"Pictórico" - conjunto de seis pares de fotografias, cada par enfatizando a presença ou ausência do elemento água e "Formulaçäo de Frases" - apresentaçäo de três quadros com motivos infntis, seguidos de uma estória solicitamos a criança completar as frases. O primeiro teste foi considerado positivo, quando a criança apontava no mínimo cinco fotos, contendo o elemento áuga; o segundo, quando o, elemento água era citado diante das três apresentaçöes...