Focalizou, de diferentes pontos de vista, aspectos diversos do insucesso na representaçäo da escrita alfabética. Acompanhou durante dois anos o processo através do qual a criança caminha de formas mais elementares de representaçäo para formas mais evoluídas. Analisou a prática pedagógica de uma escola da rede pública através da observaçäo em sala de aula de conversas formais e informais com professores de 1§ e 2§ série, integrou estas informaçöes aquelas colhidas do desempenho da criança em tarefas que possibilitam inferir sobre a concepçäo da escrita. Deteve-se no problema dos alunos mais fracos tentando responder porque alguns deles superavam rapidamente estas etapas da psicogênese da escrita enquanto outros nelas permaneciam por dois ou mais anos seguidos. Fez-se uma análise de episódios dentro da sala de aula com o objetivo de entender porque é täo difícil para os mestres contatar com os alunos que apresentavam níveis mais elementares de concepçäo de escrita. Além disso, ofereciam evidências e argumentos para levantar hipóteses sobre casos de crianças atendidas em clínicas de educaçäo especial por fracassarem em sua escolaridade. Devolveu ao ensino regular o direito de repensar sua prática pedagógica sobretudo no sentido de dar a criança o direito de desempenhar um papel no jofo da contruçäo do saber mediado pelo mestre e colegas na sala de aula. Concluiu que apenas através de um compromisso social e moral podia pretender a construçäo do saber e a possibilidade de conceber, a "si", e ao "outro", como sujeito