Facilitaçäo no fotorreceptor de insetos

Publication year: 1988

Uma revisäo dos estudos de facilitaçäo realizados com eletrorretinograma em insetos (Hymenoptera: Formicoidea) foi apresentada mostrando que a resposta do olho à luz deve ser entendida como a resultante de dois processos opostos: facilitaçäo e adaptaçäo.

Estes estudos levantaram as questöes examinadas no presente trabalho:

1. se facilitaçäo ocorre na célula fotorreceptora de insetos ou resulta da atividade de níveis mais proximais e 2. quais os mecanismos que explicam este fenômeno. Respostas intracelulares de fotorreceptores de abelha seräo ferräo Melipona quadrifasciata e do gafanhoto Schistocerca sp.

foram estudadas com a finalidade de se determinar:

a. o curso temporal da facilitaçäo, com trens de pulsos apresentados em diferentes intervalos, ou variando-se a duraçäo de um estímulo luminoso, b. o efeito da intensidade da luz, c. sinápticas, metarrodopsina, condiçöes fisiológicas da preparaçäo, mensageiro secundário (InsP3).

Os resultados mostraram que:

1. facilitaçäo ocorre em fotorreceptores de insetos para estímulos de luz de alta intensidade e curta duraçäo,s endo de maior amplitude no olho de gafanhoto que no de abelha 2. seu curso temporal é semelhante ao determinado anteriormente com o ERG, 3. näo há relaçäo entre amplitude e latência da resposta facilitada, 4. facilitaçäo é diretamente proporcional ao pós-potencial hiperpolarizante que ocorre em resposta a estimulaçäo intensa, 5. em experimentos realizados com a abelha Melipona quadrifasciata foram excluídas influências sinápticas, e também de metarrodopsina, ficou demonstrado que a facilitaçäo näo é deterioraçäo das condiçöes fisiológicas, ao contrário, a facilitaçäo desaparece nessas condiçöes, e foram obtidos resultados inconclusivos com a administraçäo de InsP3 e DPG. Os resultados foram discutidos tendo em vista o conhecimento atual sobre transduçäo, que sugerem ser a facilitaçäo devida a um acúmulo da substância transmissora na célula

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