Nós e nossos velhos: forças que falam e forças que se calam

Publication year: 1990
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Instituto de Psicologia to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Este trabalho revelou a representaçäo que grande parcela de brasileiros faz do envelhecer:

empobrecimento (de saúde, material e social) e marginalizaçäo, perante forças óbvias e sutis, sócio-econômicas e culturais. Desde a infância carente trabalhar foi lutar este foi o valor central da identidade de homens e mulheres. A aposentadoria subverteu esse valor e faz confundir a velhice, doença e miséria.

Velhos foram depositários das incoerências e injustiças sociais de sempre:

deram demais de si e agora säo um peso para os demais. Tal ambivalência os confunde e degrada a sua auto-imagem.

Na velhice caem as máscaras da hipocrisia social e surgem seus efeitos:

doença, abandono e carência; envelhecer é difícil, demorado e doloroso. Um modo de atenuar/escapar a tal derrocada é a participaçäo em grupos organizados de lazer par a Terceira Idade; essa prática em atividades artísticas e de meditaçäo pode propiciar elevaçäo da auto-estima, saúde e qualidade de vida. Pensamos que tal se deva à oportunidade e liberdade de escolha e à percepçäo de si como ser social, sensual e criativo.

Fez esta afirmaçäo com base em:

a) Pesquisa Bibliográfica; b) Observaçäo Participante (Grupos de Idosos. Grupos de péri-aposentados em Empresas que praticam Preparaçäo para aposentadoria. formaçäo e capacitaçäo de pessoal de diferentes áreas para o trabalho face à Terceira Idade); c) Entrevistas em profundidade. Aqui registramos sua intimidade vivida, pronunciada ou calada

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