Esse trabalho apresenta e discute as novas abordagens sobre a mortalidade hospitalar enquanto um indicador da qualidade do desempenho hospitalar, procurando quando possível traçar um paralelo com a realidade nacional. A mortalidade hospitalar é, principalmente, determinada pela severidade dos casos tratados e/ou pela qualidade da assistência prestada. Com a finalidade de explorar esse indicador e avaliar a qualidade dos serviços prestados pelos hospitais privados contratados pelo Inamps, foram estudados 36 hospitais de pacientes agudos na cidade do Rio de Janeiro, em 1986, a partir das informaçoes processadas pelo Sistema de Assistência Médico Hospitalar da Previdência Social - SAMHPS. A hípotese central pressupoe a existência de marcadas variaçoes entre a mortalidade hospitalar e a explicaçao parcial desta pela severidade dos casos. Para a verificaçao dessa hípotese ajustaram-se as taxas de mortalidade hospitalar segundo as seguintes variáveis: idade maior de 64 anos e index do tipo de caso tratado ("case mix"), a regressao multipla foi usada para realizar esse ajuste. Os resultados obtidos descrevem uma oscilaçao da taxa de mortalidade hospitalar bruta entre 0 e 17,65%, sendo que a "severidade" explicou cerca de 72% da variaçao encontrada, podendo se atribuir a qualidade da assistência o percentual restante (28%)