Näo havendo consenso em conceituar hanseníase indeterminada (HI) como matriz endêmica ou entidade clínica bem definida da fase precoce da doença, realizou-se um estudo para identificar um meio auxiliar de diagnóstico de certeza mais sensível. Entre os meios auxiliares, o histopatológico firma o diagnóstico somente quando é possível encontrar o M. leprae no tecido. Utilizaram-se os métodos da histopatologia convencional, da imunoperoxidase anti-BCG e da imunofluorescência direta em 8 doentes de HI.

Foram obtidas 32 biópsias:

2 de lesäo e outras 2 de pele aparentemente normal de cada paciente e submetidas à avaliaçäo de patologistas diferentes. Procurou-se observar e analisar a concordância dos resultados obtidos pelos três métodos. O diagnóstico histopatológico foi considerado apenas sugestivo de HI em 50 por cento dos espécimes da lesäo e em 25 por cento dos de pele aparentemente normal; näo foi possível o diagnóstico histopatológico de certeza. Identificaram-se depósitos de antígenos bacilar, pelo método da imunmmoperoxidase anti-BCG, em 62,5 por cento dos espécimes de lesäo e em 25 por cento de pele aparentemente normal. A imunofluorescência direta foi positiva em 25 por cento dos espécimes de lesäo e negativa nos de pele aparentemente normal. A imunoperoxidase anti-BCG parece ser o mais promissor e válido meio auxiliar de certeza no diagnóstico da hanseníase precoce e talvez de possível aplicaçäo na identificaçäo da fase pré-clínica da doença