Objetivando estudar o valor do teste da progesterona na detecçäo de lesöes hiperplásticas do endométrio em mulheres pós-menopausadas assintomáticas e também relacioná-lo com alguns fatores de risco para o carcinoma de endométrio, aplicamos o teste da progesterona (100 mg intramuscular) a 50 milheres na pós-menopausa, considerando-se o resultado positivo ou negativo, de acordo com a presença ou ausência de sangramento uterino. Todas as pacientes, independente do resultado, submeteram-se a curetagem uterina fracionada 30 e 60 dias após o teste, quer tenham sangrado ou näo, respectivamente, para que se pudesse estudar o endométrio sob o ponto de vista histológico. Nos testes positivos, o endométrio mostrou atividade proliferativa, sendo hiperplásico em metade dos casos; nos negativos, näo se evidenicaram alteraçöes endometriais. Quando se tomou em relaçäo aos fatores de risco para o carcinoma de endométrio, apenas a idade da menarca, o tempo de pós-menopausa e a obesidade se correlacionaram significantemente com o teste de progesterona positivo. Conclui-se entäo que o teste da progesterona negativo exclui a possibilidade de hiperplasia endometrial. Além disso, pela simplicidade, aceitabilidade, baixo custo e facilidade de execuçäo, deve esse teste, em mulheres pós-menopausadas, ser estendido a nível populacional