Papel dos lisossomos nos processos inflamatórios: efeitos do ion zinco sobre os componentes do compartimento lisossômico

Publication year: 1986
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Tese. Leader:

Perde-se no tempo o interesse que a inflamaçäo tem despertado no espírito dos mais curiosos. Desde a Mesopotâmia, passando pelo Egito antigo, por Celsus que viveu em torno do anos 30 de nossa era, quando escreveu os quatro sinais clínicos característicos: rubor, tumefaçäo, calor e dor, por Virchow (1859) que introduziu "a perda da funçäo, até nossos dias, quando SEYLE a resumiu como sendo respostas a estímulos diversos, imediatas, näo específicas as quais denominou de "estresse localizado" e mediatas, portando, tardias e específicas. Muitos dos processos envolvidos na reaçäo inflamatória säo considerados efeitos de agentes químicos, liberados "in situ", chamados mediadores externos, normalmente de origem bacteriana e, endógenos, originários tanto do plasma, quanto do tecido inflamado. Dentre estes últimos, destacam-se os sistemas de cininas, de complementos de coagulaçäo, as aminas vasoativas, os derivados prostanoides e eicosanoides e, principalmente, aqueles efetores da inflamaçäo, de origem lisossômica. O potencial de mediadores liberados a partir dos diversos componentes do compartimento lisossômico, principalmente, de leucócitos e de outras células envolvidas com a inflamaçäo, inclusive as plaquetas, é constituido, essencialmente de proteínas catiônicas, de hidrolases ácidas e de hidrolase neutras. Todo este conteúdo intralisossómico está preservado em estado latente, por um complexo membranoso de estrutura lipoproteica, cuja integridade fisio-química é de extrema importâncaia para o desencadeamento e/ou manutençäo do processo inflamatório. Inúmeras substâncias, destacando-se entre elas, os corticoesteroides, aspirina, colchicina, indometacina, vários antiinflamatórios näo esteroides, diversos polifenois, derivados quinoleínicos, além de determinados íons metálicos, a exemplo do ouro, tem sido descritas como estabilizadoras das membranas lisossômicas. Diante do exposto, estudou-se neste trabalho, oes efeitos decorrentes dos tratamentos "in vitro" e " in vivo", pelos íons zinco, de processos inflamatórios provocados pelo óleo de corton, injetado subcutaneamente em ratos. Os resultados obtidos das avaliaçöes bioquímicas das atividades lisossômicas, das observaçöes por microscopia eletrônica dos diversos componentes do compartimento lisossômico e dos estudos microanalíticos, efetuados, principalmente, sobre heterofagolisossomos e corpúsculos residuais, permitiram concluir que os íons zinco säo excelentes estabilizadores das membranas lisossômicas, tanto

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