Publication year: 1993
Theses and dissertations in Portugués presented to the Escola Nacional de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Com base nos conhecimentos existentes, os focos de L.
braziliensis no Brasil podem ser agrupados em três tipos de padroes de transmissao:
1) regioes onde o vetor é Psycodophygus wellcomei e o local de transmissao ao homen é o ambiente silvestre; 2) regioes onde o vetor é Lutzomyia intermedia e o local de transmissao ao homem parece ser o domicílio ou peridomicílio, 3) regioes onde o vetor parece ser Lu. whitmani e o local de transmissao ainda é indefinido. No primeiro tipo de padrao estao os focos da regiao amazônica, no segundo os da regiao sudeste e no terceiro os da regiao nordeste. Este trabalho foi feito considerando o desconhecimento sobre o local de transmissao da LTA (Leishmaniose Tegumentar Americana) ao homem no terceiro tipo de padrao, onde a incidência de LTA é das mais altas do Brasil. Seu objetivo foi identificar o local de transmissao ao homem em três àreas de características paisagísticas distintas de Baturité, município serrano do Ceará - desmatada, de floresta e uma terceira de características intermediárias. Pra tanto, foram executados os seguintes procedimentos:a) questionários e IRM (intradermorreaçao de Montenegro) em toda a populaçao das áreas e mapeamento da infecçao; b) capturas de flebotomíneos com capturador de Castro em domicílio e peridomicílio (mata, bananal, abrigo animal e em torno da casa) da três áreas; c) busca de L. braziliensis em lesao canina; d) exame dos casos humanos. Foram examinados 574 individuos na área desmatada, 380 na encosta e 816 na de floresta. A prevalência de infecçao na área desmatada, de encosta e de floresta foi respectivamente de : 17,0%, 71,8%, 35,3%. Na área desmatada os homens apresentaram um risco de infecçao 1,49 vezes maior do que as mulheres; a faixa etária mais acometida foi a de 10 a 15 anos; os adultos tinham um risco 11,11 vezes maior do que as crianças; os agricultores tinham um risco 1,84 vezes maior do que os nao agricultores. Lu. longipalpis foi espécie predominante. Pelo dados apresentados e alguns outros concluiu-se que nesta área, o local de transmissao ao homem nao era o peridomicílio. Na área de encosta, Lu. whitmani e Lu. migonei foram as espécies de flebotomíneos predominantes. A prevalência de infecçao nos individuos de 0 a 5 anos foi de 36%. O risco de infecçao foi semelhante para os dois sexos e todas as faixas etárias. Além disto, os individuos com e sem atividade agrícola, e os individuos que residiam ou nao em domicílio onde o chefe da casa era agricultor, tinham preval