Entre 1985 e 1989 foram registrados no Serviço de Dermatologia Sanitária da Faculdade de Saúde Pública da USP 202 pacientes portadores de cancro mole. Mapeou-se os focos geográficos da doença distribuídos pelos 11 Distritos, 48 Subdistritos e 8 ERSA de Säo Paulo. Os subdistritos do Butantä e Santo Amaro concentraram 55 casos e o ERSA-1, 74. A idade concentrou-se entre 20 e 30 anos, com aumento em menores de 20 anos.

Os homens participaram numa proporçäo de 7:

1 mulher. Houve reduçäo da participaçäo da prostituiçäo no contágio. O período de incubaçäo variou de 1 a 41 dias. A lesäo foi única em 33,7 por cento dos casos masculinos. O tempo da doença reduziu-se e o enfartamento inguinal ocorreu em 49 por cento dos casos. Referiram passado venéreo 123 pacientes e soropositividade para sífilis. Em 1989-1991 foram pesquisados 42 casos de cancro mole para anticorpos anti-VIH-1, resultando 16,6 por cento de sororeatividade. O risco da mulher portadora de um cancro mole apresentar-se infectada parece ser maior do que para o homem. Recomenda-se a implantaçäo imediata da notificaçäo compulsória de todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis, bem como a pesquisa rotineira para sífilis e para o VIH-1 nas populaçöes de risco identificadas