Imunidade celular na leishmaniose tegumentar

Publication year: 1986
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Com a finalidade de avaliar a resposta imune na leishmaniose tegumentar 57 pacientes com diagnóstico clínico associado a teste sorológico, reaçäo de Montenegro ou isolamento do parasita foram submetidos a extensa avaliaçäo imunológica que incluiu: respostas linfoproliferativa a mitógenos, determinaçäo de linfócitos T, B e células T auxiliadoras e supressoras, avaliaçäo da capacidade de geraçäo de células supressora, produçäo de interleucina-2 e gama-interferon, produçäo de linfocinas ativadoras de macrófagos, avaliaçäo da capacidade dos macrófagos de destruir leishmania.

Os pacientes foram divididos em 3 formas clínicas da doença:

leishmaniose cutânea, leishmaniose mucosa e leishmaniose cutânea disseminada e os testes foram realizados com células mononucleares obtidas de sangue periférico através da separaçäo em um gradiente de densidade. Dezessete (29,8//) dos 57 paciente estudados näo responderam ao antígeno de leishmania no teste de transformaçäo blástico. A ausência de resposta foi predominantemente observada em indivíduos com lesäo cutânea (12 dos 27 casos) e em pacientes com a leishmaniose cutânea disseminada (2 de 4 casos); e mais rara na doença mucosa (3 dos 26 pacientes). Resposta linfoproliferativa deprimida a antígeno de leishmania estava associada com duraçäo curta de doença (menos que 2 meses) nos pacientes com doença cutânea. Entretanto, ausência de resposta blastogênica foi também documentada em pacientes com doença prolongada. Nestes casos a forma de apresentaçäo da doença era mais grave, e o tratamento era mais prolongado havendo necessidade de várias séries de antimonial. Pacientes com doença mucosa tiveram resposta linfoproliferativa significativamente maior ao antígeno de leishmania 31833 ñ 5960 do que os pacientes com doença cutânea 11963 ñ 3106.

Este dado entretanto näo pode ser computado em favor da hipótese de que a doença mucosa representa uma reaçäo de hipersensibilidade desde que:

1) a menor resposta linfoproliferativa em pacientes com doença cutânea esteve relacionada com ausência de resposta blastogênica no período inicial da doença; 2) näo houve resposta linfoproliferativa em pacientes com doença cutânea esteve relacionada com ausência de reposta blastogênica no período inicial da doença; 2) näo houve resposta linfoproliferativa a antígeno do colágeno em pacientes com doença mucosa; 3) pacientes com lesäo mucosa tem capacidade similar aos de lesäo cutânea em gerar células supressoras; 4) näo foi documentado aumento de células auxiliadoras ou diminuiçäo de células T supressoras em pacientes com lesäo mucosa. No sentido de avaliar se linfócitos de pacientes com lesäo mucosa tinham capacidade de produzir linfocinas ativadoras de macrôfagos, e se os macrôfagos tinham preservada a sua capacidade de destruir leishmania, macrófagos de indivíduos sadios e de pacientes portadores de doença mucosa foram cultivados in vitro por 6 dias, suplementado com sobrenadante de cultura de linfócitos estimulados ou näo com antígeno de leishmania, e o percentual de macrófagos infectados e o número de leishmania por 100 macrófagos foi computado...

More related