Este estudo tomou com objeto de investigaçäo as políticas sindicais em saúde desenvolvidas por 21 sindicatos de trabalhadores em indústrias, sediadas na cidade do Salvador, identificando e analisando as proposiçöes e açöes em saúde a partir de depoimentos e documentos fornecidos pelas entidades .Observamos que em sintonia com uma nova forma de abordar as relaçöes entre saúde e trabalho - características do sindicalismo nacional, em especial do sudeste do país, nos anos 80 - setores importantes do sindicalismo baiano começam, em período recente, a construir estratégias inovadoras, marcadas por uma institucionalidade própria (com a criaçäo de organismos sindicais de saúde) e por orientarem-se pelo ideal de transformaçäo das condiçöes desgastantes de trabalho fabril. Esse movimento, característico de uma nova política sindical de saúde, näo é, contudo, uniforme com relaçäo ao universo de sindicatos estudados. Evidencia-se uma heterogeneidade sindical, tanto no enfoque dado à abordagem da saúde, quanto no desempenho das entidades com respeito ao alcance dos objetivos pretendidos. Essa diferenciaçäo é particularmente notada em relaçäo a determinados perfis sindicais, definidos em funçäo das características político-ideológicas e físico-estruturais das entidades. Observamos também que, além de incipientes, as novas formas de luta em saúde encontram limitaçöes importantes ao seu desenvolvimento. Podemos destacar entre estas os problemas advindos da acentuaçäo da crise econômico-social dos anos 90. Estes problemas, além de incidirem diretamente no potencial ede mobilizaçäo e organizaçäo das categorias operárias, induzem à priorizaçäo das açöes sindicais na "defesa da sobrevivência" dos trabalhadores, o que quer dizer, na garantia de condiçöes mínimas de emprego e salário