A saúde da mulher trabalhadora: estudo da relaçäo entre trabalho na gestaçäo e a ocorrência de doenças, complicaçäo do parto e recém-nascidos prematuros na cidade do Recife, PE

Publication year: 1992
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva to obtain the academic title of Mestre. Leader:

A relaçäo entre trabalho durante a gestaçäo e as condiçöes de saúde materno-infantis, traduzidas em termos de doenças na gestaçäo, complicaçöes do parto e incidência de recém-nascidos prematuros, foi examinada em maternidades públicas e privadas da cidade do Recife, PE, entre dezembro de 1990 e abril de 1991. participaram 561 puérperas residentes na capital, selecionadas aleatoriamente em seis maternidades da cidade, sendo excluídas aquelas em que a gestaçäo terminou em abortamento ou parto gemelar. Entre as doenças mais frequentemente referidas destacam-se o corrimento vaginal (34,7 por cento), a hemorragia vaginal (15,6 por cento), a hipertensäo arterial (15 por cento) e a infecçäo do trato urinário (11,2 por cento). A referência a doenças e as taxas de recém-nascidos prematuros foram semelhantes entre trabalhadoras e näo trabalhadoras (donas de casa), enquanto complicaçöes do parto, apresentaram maior frequentes entre as primeiras, mas estes resultados foram estatisticamente näo significantes. Mulheres que interromperam a atividade produtiva durante a gestaçäo, apresentaram maior freqüência de hipertensäo, hemorragia vaginal e recém-nascidos prematuros, em relaçäo às gestantes que näo trabalharam. Estas associaçöes foram estatisticamente significantes. Mulheres com baixa escolaridade e aquelas pertencentes à força de trabalho livre apresentaram maior freqüência de todos os eventos investigados (doenças, complicaçöes e prematuridade), com resultados estatisticamente näo significantes. O trabalho "ativo" esteve mais frequentemente relacionado com maiores taxas de hipertensäo e hemorragia vaginal, sendo a medida de associaçäo em relaçäo ao trabalho sedentário de 1,87 (IC 95 por cento - 0,81 - 4,32; ENS) e 1,59 (0,86 - 2,9; ENS), enquanto o trabalho "em pé" esteve mais frequentemente associado com prematuridade, sendo a medida de associaçäo de 2,73 (1,08 - 6,90; ES). O pequeno número de participantes por categoria de trabalho no presente estudo, pode ser responsável pela dificuldade em se encontrar resultados estatisticamente significante, mesmo em situaçöes onde a diferença proporcional de ocorrência dos eventos em questäo entre os dois grupos de trabalho analisados é grande

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