Investiga e analisa o processo cognitivo e a construçäo dalinguagem oral em crianças portadoras de paralisia cerebral, considerando, também, sua capacidade de pensar, através do emprego de uma determinada lógica de classes e relaçöes, ainda que em nível näo totalmente consciente. Acompanha, durante aproximadamente 20 meses, 3 crianças portadoras de paralisia cerebral espástica, entre 7 e 10 anos , com nível de fala que permite a comunicaçäo oral, frequentadoras da Associaçäo de Assistência à Criança Defeituosa (AACD), com nível intelectual normal, sem outras patologias associadas. Aplica algumas provas do Diagnóstico Operatório proposto por Piaget (MacDonell, 1979) para observar as operaç öes de classificaçäo, seriaçäo e conservaçäo de substância e líquido, e um material composto de elementos figurativos e näo figurativos. Confirma a hipótese de que a gênese do processo de construçäo do conhecimento está na lógica das açöes, e que isomorficamente a esse processo está a construçäo da linguagem que irá expressar tais relaçöes através das partículas proposicionais. Conclui que a utilizaçäo dos conectivos na expressäo oral ou daqueles implícitos no comportamento motor fornece indícios do nível de tomada de consciência pela criança das operaçöes que realiza e do tipo de conhecimento que é capaz de construir